5 livros para ler até ao fim das férias... por João Tordo

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Livros a ler, antes que as férias de verão acabem de vez. João Tordo escolheu os seus livros de leitura obrigatória para as férias.

Histórias de amor, de obsessão, de viagens pela música e pela estrada: cinco obras a não perder, com o selo de recomendação do autor de O Livro dos Homens sem Luz (2004), Hotel Memória (2007), Três Vidas (2008), Bom Inverno (2010) e Anatomia dos Mártires (2011).

João Tordo venceu 2008 o Prémio José Saramago com Três Vidas. Os seus livros estão editados em França, Itália,

Brasil, Sérvia e Croácia.

Moby Dick, de Herman Melville

A saga de Ismael e do capitão Ahab é um conto de fadas explicado aos adultos. O

livro é magistralmente escrito e devia fazer parte dos romances obrigatórios em

qualquer país e qualquer língua. Leia-se o capítulo em que, ao final de 200

páginas, Ahab finalmente surge no convés e é pura literatura.





A Última Canção da Noite,

de Francisco Camacho

Não se trata de eu conhecer o Francisco há muitos anos;

trata-se de ser um romance de aventuras daqueles que poderia ter sido escrito

por Kerouac - ou por Bukowski, se ele escrevesse romances de aventuras.

Personagens inesquecíveis e uma história empolgante sobre música, amizade e

perdição.



O Barulho das Coisas ao Cair, de Juan

Gabríel Vazquez

Um grandíssimo romance de um escritor colombiano, jovem e

premiado. Uma história de amor e de várias tragédias que se entrecruzam: um

hipopótamo à solta em Bogotá, um narrador demasiado influenciável, uma sala de

bilhar, um acidente de avião, a perda da mulher de uma vida e a dolorosa

descoberta de um passado difícil de entender.

A Verdade Sobre o Caso Harry

Quebert, de Joel Dicker

Um livro surpreendente de um autor suiço, escrito em

francês, todo passado nos Estados Unidos. Conta a história de dois escritores:

Marcus e Harry, pupilo e mestre. O primeiro vive à sombra de um sucesso

evanescente, o segundo à sombra de um primeiro grande romance. De repente, o

cadáver de uma rapariga de quinze anos aparece no quintal de Harry: cabe ao

primeiro distrinçar mentira e verdade. De leitura compulsiva.



O Amante Bilingue, de Juan Marsé

Embora o livro seja de 1990 a realidade poderia ser a de hoje: separado da sua

mulher ao encontrá-la na cama, Juan Marés (bastante óbvio quem é o anti-herói

desta história...) transforma-se num vagabundo acordionista que a persegue pela

cidade. Da alta burguesia catalã para a sarjeta, uma história fascinante de

amor, perda e metamorfose.

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