Accenture. Portugal "tem sido o mais rápido na mobilidade elétrica", mas "ainda há muito por fazer"

Em termos de mobilidade elétrica e <em>clean energy</em>, Portugal "é o quinto país com maior rácio de energias renováveis". Dos carros vendidos no país, 22% são "elétricos ou híbridos plug-in", mas existem postos de carregamento elétrico para os veículos, frisa a <em>Global Lead de E-Mobility e Connect Energy</em> da Accenture, Sanda Tuzlic.
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A mobilidade elétrica tem sido um tema debatido no País, mas que já está a ser fortemente implementado e que veio para ficar. Esta tecnologia, se utilizada de forma correta e eficiente, tem tudo para contribuir positivamente para uma menor poluição atmosférica. Este é um dos passos que empurra Portugal para a transição energética, que tem vindo a ter melhorias com o passar dos anos.

Portugal, em termos de mobilidade elétrica e clean energy, comparativamente aos restantes países europeus, "é o quinto país com maior rácio de energias renováveis ​​no consumo total de energia com 34%" e no que diz respeito à transição para a mobilidade elétrica, esta "tem sido mais rápida em Portugal" do que no resto da Europa, segundo conta ao Dinheiro Vivo a Global Lead de E-Mobility e Connect Energy da Accenture, Sanda Tuzlic.

Dos carros vendidos no país, 22% são "elétricos ou híbridos plug-in". Em sentido contrário, na União Europeia são 16%, segundo explica a responsável.

Apesar de o País estar no caminho certo para que esta transição energética seja feita de forma rápida e eficiente, "ainda há muito a fazer". Alguns portugueses têm apostado na compra de veículos elétricos, mas, se observarmos pelas ruas, são poucos os postos de carregamento elétrico que existem para os carros. Como sublinha Tuzlic, "o país terá de instalar muito mais carregadores para acompanhar a expansão dos carros elétricos e começar a descarbonizar os setores mais difíceis", como a "indústria pesada ou o transporte marítimo".

Para os passos serem largos na transição energética, há que existir regulamentações e incentivos financeiros pela parte da União Europeia. Será que existem? De acordo com a responsável, "existem fortes incentivos financeiros", mas quantos mais melhor. Porém, não está tão relacionado com o financiamento, mas sim com a regulamentação. Sanda Tuzlic destaca dois elementos-chave: "os governos devem minimizar a incerteza e fornecer estabilidade para os investidores excutarem os seus planos", sendo que a Guerra na Ucrânia está a gerar "incerteza sobre os elementos estruturais".

A responsável acrescenta que "as políticas e prioridades energéticas estão a mudar. Há discussões sobre a mudança do modelo de mercado, tetos de preços, novos impostos, planos de medidas de emergência para o inverno".

Tuzlic, sublinha que a "incerteza não é boa para investimentos" e que no antigamente, o principal problema para avança com a transição energética era "a tecnologia, financiamento" e dinheiro. Agora o caso é outro. É preciso "permitir" que se avance neste campo, sendo que o "governo deve agilizar o processo e trazer abordagens e regulamentações inovadoras".

Não é novidade que os ataques cibernéticos têm acontecido constantemente. A inovação tecnológica abre portas a mais ataques que podem ser solucionados, ou não. Mas, será a aposta em combater estes ataques uma preocupação crescente para as empresas e há apoios para garantir a segurança dos sistemas?

A Global Lead de E-Mobility e Connect Energy da Accenture, afirma que "os invasores cibernéticos estão em constante evolução". E acrescenta: "o ecossistema de energia tem sido impulsionado por entidades individuais com foco na lucratividade do utilizador".

Porém, constata Tuzlic, "a diversidade de tecnologias e a falta de padronização não são o único desafio à segurança". Existem outros desafios como: "proteger os processos e as pessoas que o operam e utilizam". Alguns dos riscos e desafios são a disrupção, sendo estas "redes conectadas de distribuição e armazenamento de energia", os danos, que são "ativos de carregamento fora da rede", perda de informações pessoais, tais como "detalhes de pagamento para uso em roubo de identidade".

Para além destes, existem mais riscos como a perda de informações comerciais, "como registos de clientes, causando danos à reputação e perda de novos negócios", o que pode levar a multas. Por fim, o ransomware, que é um tipo de malware que impede os utilizadores de aceder ao sistema ou ficheiros pessoais, sendo que lhes é exigido uma quantia se quiserem ter acesso aos seus acessos.

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