Ações da Oi disparam. Operadora nega novos "acordos relevantes"

Proposta de fusão com a TIM Brasil ainda não foi feita à Telecom Italia, nem há indicação de que o fundo Letter One injete capital sem consolidação.
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Oi negou a existência de "acordos relevantes" ou "evolução nas matérias anteriormente divulgadas pela companhia" que justifiquem o disparo verificado nas ações na operadora brasileira, informou a empresa em comunicado ao mercado.

A companhia brasileira, onde a portuguesa Pharol tem 27,5%, esclarecia o mercado depois de inquirida pelo regulador de Bolsa sobre o disparo das ações na empresa que, só no dia 17 de fevereiro, subiram 17,59%.

No passado dia 17, a Valor Econômico noticiava que o fundo Letter One estava disposto a injetar capital 4 mil milhões de dólares na Oi, mesmo sem haver a fusão com a TIM Brasil, condição do negócio proposto pelo fundo russo o ano passado.

"Não foram firmados pela Oi acordos relevantes nem tampouco houve decisão relevante do Conselho de Administração ou evolução nas matérias anteriormente divulgadas pela Companhia que, no entender da administração, pudessem justificar as oscilações atípicas do número de negócios e quantidade negociada das ações da Companhia", diz a operadora brasileira liderada por Bayard Gontijo.

Ao que foi possível apurar, ainda não foi fechada uma proposta de fusão para apresentar à Telecom Itália, operadora italiana que controla a TIM Brasil, nem há indicação de que o fundo russo está disposto a injetar capital sem uma consolidação no mercado brasileiro de telecomunicações.

O acordo de negociações exclusivas com a Letter One, que visava a injeção de capital na Oi, com vista à consolidação com a TIM é válido até maio, mas previa a apresentação de uma proposta até ao final de dezembro, o que, sabe o Dinheiro Vivo, até agora não aconteceu.

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