Adriano Moreira alerta para sintomas de divisões que podem tirar voz à Europa

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O antigo líder do CDS-PP Adriano Moreira defendeu hoje, em Vila Real, que se deve impedir que se aprofundem os sintomas das divisões europeias porque é a própria Europa que pode deixar de ter voz no mundo.

"Os sintomas das divisões, diferenças, europeias que já afloraram, não devem ser descurados e devemos impedir que se aprofundem, porque se desaparecer o respeito por esse objetivo e valores é a própria Europa que deixa de ter voz no mundo", afirmou o antigo ministro.

Adriano Moreira falava à margem do terceiro dia da Universidade da Juventude Popular (JP), onde esta manhã deu uma aula sobre o tema "Que Futuro para a Europa!".

O também presidente da Academia das Ciências de Lisboa, alertou ainda para o cuidado que é preciso ter com a "unidade Europeia", para "haver esperança de restabelecer um futuro para a Europa que volte a trazer confiança e bem estar às populações".

Aos jornalistas, o responsável disse que não leu as declarações da chanceler alemã, Angela Merkel, que no sábado defendeu a austeridade e pediu mais esforço aos parceiros europeus durante os próximos cinco anos para ultrapassar a crise.

"O que tenho a dizer é que o Governo da Europa precisa de uma reflexão, porque o tratado de Lisboa, os órgãos que estão previstos no tratado não são aqueles que aparecem a estabelecer diretivas em relação à Europa", salientou.

Para o antigo líder centrista, é a "senhora Merkel" e não o Conselho Europeu.

"O que eu considero perigoso é isso. É que há como que um afloramento de diretório e o diretório tem um passado terrível na Europa", afirmou.

E, acrescentou, "se a Europa não defender os princípios que animaram os fundadores, que foram homens de uma espécie de santidade que ultrapassaram o que tinham sofrido na guerra para se reconciliarem, quererem um futuro em paz e desenvolvimento, se essas fraturas se acentuarem, a Europa se se dividir deixa de ter voz no mundo".

"É a regionalização que se chama unidade Europeia que pode ter essa função. Nenhum país isolado pode", frisou ainda.

A Universidade JP que reúne dezenas de jovens, em Vila Real arrancou sexta-feira e termina hoje.

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