Ainda o sol, o mar e talento ou Portugal na Liga das escolas de Negócios

Competências com qualidade e em quantidade são o fundamento essencial para um país economicamente próspero e uma sociedade coesa e sustentável.
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Na minha última crónica sob o título “Sol, mar e talento” advogo que Portugal não pode ser apenas um país de sol e mar. Isto a propósito da publicação do ranking IMD sobre competitividade de talentos a nível mundial, em que Portugal surge orgulhosamente na posição 20, a nível mundial. E a propósito igualmente da atribuição de novas estrelas Michelin a chefs portugueses.

Trago novamente o tema, desta feita, a propósito da publicação recente do European Business Schools Ranking do "Financial Times". Trata-se de um ranking que apresenta as 100 melhores escolas de negócio europeias baseado no seu desempenho ao nível dos principais programas de formação oferecidos por estas escolas, a saber, os MBA, os mestrados em Finanças, a formação para executivos, em formato aberto e em formato customizado.

Portugal surge, em 2018, com 4 escolas de negócios neste ranking. Se considerarmos que existirão mais de 15000 escolas de negócios em todo o mundo (uma estimativa mencionada de forma geral, sem objetivos de fiabilidade total), estar presente no top das 100 melhores é um motivo de grande orgulho e servirá certamente como mote para a importante reflexão sobre a qualidade e a quantidade das qualificações que produzimos em Portugal. Mas já voltarei a esta reflexão.

Queria, antes disso, trazer mais um facto à reflexão: Portugal é o país (de entre os que têm mais do que uma escola neste ranking) que apresenta o rácio “número de escolas sobre PIB” mais elevado, estando à frente de países tidos como mais desenvolvidos nestas matérias, como sejam, o Reino Unido e a França.

Motivo de orgulho, dizia eu, e uma evidência inequívoca de que formamos bem quem por cá passa. E quem por cá passa está a fazer também muito bem, nas empresas e em muitas outras organizações portuguesas e, muitos deles, também por esse mundo fora. O passo seguinte e essencial é aumentar o mais possível “quem por cá passa”. Alargar o mais possível o reconhecimento de que competências com qualidade e em quantidade são o fundamento essencial para um país economicamente próspero e uma sociedade coesa e sustentável.

Ombreamos com os melhores na Champions League das Escolas de Negócios. Somos, com toda a certeza, mais do que sol e mar.

Patrícia Teixeira Lopes, associate dean da Porto Business School

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