Altice reage aos aumentos dos 3P. "É uma pura e redonda falsidade"

Anacom acusou Meo, NOS e Vodafone de terem aumento preços dos pacotes 3P, com perda de qualidade da oferta. Altice nega as acusações.
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A Altice Portugal já reagiu à Anacom que acusou a operadora, bem como os concorrentes NOS e Vodafone, de terem aumentado em 3,3% os preços dos pacotes 3 P - que inclui TV paga, internet e telefone fixo - globalmente subscritos por cerca de 1,7 milhões de clientes nacionais: " A afirmação da Anacom sobre o aumento de preços do pacote de telecomunicações nada mais é que uma pura e redonda falsidade", reagiu a operadora dona do Meo.

"De forma alguma se pode aferir que se tenha registado qualquer diminuição da qualidade do serviço na oferta que a empresa tem no mercado", diz a companhia. "As condições referidas pela Anacom não se aplicam a clientes atuais", acrescenta.

No comunicado, o regulador refere que as "alterações das mensalidades das ofertas da Meo, Nos e Vodafone afetam os novos subscritores e os anteriores subscritores no momento em que pretenderem renovar o seu contrato (por exemplo, no final dos respetivos períodos de fidelização)".

A Anacom destacou ainda que o desfasamento de preços face à média europeia já não é de agora, com os portugueses a pagar mais pelas telecomunicações. "Em outubro de 2018 os preços do pacote Internet + telefone fixo + televisão, eram superiores à média da UE28 entre 2% e 12,7%. A exceção eram as ofertas de 1 Gbps que apresentavam preços inferiores à média da UE28 (-22,3%), mas que só são subscritas por 1,6% dos clientes", refere o regulador citando estudos da União Europeia.

"Portugal é um dos Países da União Europeia em que os pacotes de telecomunicações são os mais atrativos, como aliás mencionado pelo estudo do IDES, publicado pela Comissão Europeia", diz a Altice. "Lamentamos que, uma vez mais, baseado numa falta de evidências, venha o Regulador do setor tentar manipular o País com declarações infundadas que apenas pretendem denegrir a imagem desta empresa que investe centenas de milhões de euros por ano no nosso Pais e emprega cerca de 20 mil pessoas", atira.

"Há cerca de 3 anos que a Anacom não realiza qualquer estudo de mercado ou de preços, antes recorrendo a dados completamente estranhos ao setor.

Assim, tendo a Anacom, de há três anos a esta parte, imprimido um estilo de afirmar e defender teses sem que estas tenham qualquer estudo oficial, credível e homologado por base, lança a Altice Portugal o repto para que pela primeira vez mostre qual o estudo ou evidências em que baseia as suas afirmações, à semelhança do que praticam outras entidades, nacionais e internacionais, que têm vindo a criticar a regulação e o regulador em Portugal", sintetiza.

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