Antigo presidente do ISP regressa ao negócio com Caravela Seguros

Chama-se Caravela Seguros e quer tornar-se numa operadora de média dimensão no ramo não-vida. Crescimento que será feito de modo orgânico, mas que também poderá incluir aquisições quer no mercado internacional quer no estrangeiro, adiantou a administração numa apresentação aos jornalistas esta quarta-feira.
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"Não colocamos de parte oportunidades de aquisição. Não passamos ao lado do que se passa com os nossos vizinhos", adiantou o presidente do conselho de administração da Caravela Seguros. "A banca tem de se concentrar no core business. Terá de largar as seguradoras no âmbito das regras de [supervisão] de Basileia III", reforçou Diamantino Marques, também antigo presidente do Instituto de Seguros de Portugal (atual ASP). Açoreana (grupo Banif) e Lusitânia (grupo Montepio) são as seguradoras debaixo do interesse da nova empresa.

A estratégia da Caravela Seguros, até lá, passa pelo crescimento orgânico. A empresa nota que está em "forte crescimento: 25% nos primeiros quatro meses de 2015 face aos 2,6% da média do mercado" no ramo não-vida, nota o chairman. Números que surgem após "seis anos consecutivos de quedas no mercado segurador. 2015 deverá ser o primeiro ano com crescimento sustentado.

A seguradora quer contrariar os resultados negativos de 4,3 milhões de euros, registados em 2014. E perspetiva fechar 2015 com um EBITDA zero (lucros antes de juros, impostos, amortizações e depreciações). Os lucros deverão voltar em 2016, para 2,3 milhões de euros, e de 3,5 milhões de euros no ano segundo, prevê o CEO, Paulo Trigo, que entrou para a Caravela Seguros após 24 anos como quadro da Tranquilidade.

A Caravela Seguros aposta também numa forte proximidade quer junto dos 260 agentes e mediadores quer junto dos clientes. Mantém a aposta na economia social e no segmento de particulares. Também está envolvido nos negócios de micro, pequenas e médias empresas. As presenças junto das grandes companhias são feitas de modo "casuístico, apoiadas por resseguradores internacionais com rating mínimo de A [nível de investimento]".

A Caravela Seguros resulta da compra das operações dos franceses da Macif em Portugal. Compra suportada por uma holding, a AAA SGPS, com investidores portugueses "especialistas na distribuição de seguros". Investidores cujos nomes não foram revelados durante a apresentação, apesar da insistência dos jornalistas.

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