Os antigos cinemas do Freeport, encerrados há cerca de um ano, reabriram hoje com um novo formato, mais precisamente um centro de congressos com mais de 20 salas e auditórios e uma capacidade total de 5000 pessoas.
Com este investimento de 300 mil euros, o Freeport avança para uma nova área de negócio, que "deverá representar receitas adicionais de meio milhões de euros" aos cerca de 103 milhões de euros de volume de negócios do outlet, explicou ao Dinheiro Vivo, o diretor-geral do Freeport, Nuno Oliveira.
Além disso, acrescenta o mesmo responsável, "pode ainda contribuir para aumentar as receitas dos restaurantes ou trazer mais clientes para o outlet".
No entanto, estas receitas adicionais não deverão surgir já neste primeiro ano de atividade uma vez que "um grande evento internacional é marcado com um a dois anos de antecedência e por isso, este ano, vamos concentrar-nos mais nos eventos corporativos", acrescentou Nuno Oliveira, adiantando ainda que o centro de congressos podem "perfeitamente" receber concertos, espectáculos ou eventos de lazer.
Com um total de 12,500 m2 divididos por 21 salas com capacidade entre 95 e 800 pessoas, uma sala multiusos de dois mil m2, com um ecrã gigante, e ainda uma área de exposições de 500 m2, o centro de congressos do Freeport "pretende colmatar a falta de espaço para eventos que existe em Lisboa, que atualmente não tem áreas para juntar mais de mil pessoas".
Além disso, conseguiu-se, assim, reabilitar e transformar uma zona do Freeport que, caso contrário, estaria encerrada. Os cinemas fecharam no inicio de 2012 porque o investimento de 500 mil euros que era exigido para conseguirem exibir cinema em formato digital não iria ser rentabilizado tendo em conta o número de clientes.
Em 2011, diz Nuno Oliveira, os cinemas tiveram apenas 89 mil clientes, menos que as visitas da loja da Adidas, uma das mais concorridas do Freeport, com mais de 100 mil visitantes por ano.