Fez 17 anos na semana passada e no mesmo dia assinou um contrato milionário com a pouco conhecida Songs Music Publishing. Lorde, a cantora da Nova Zelândia que chegou ao topo das tabelas com "Royals", assinou um contrato de 2,5 milhões de dólares pelas 'royalties' das suas composições. .O espantoso deste negócio é que é muito raro um compositor tão novo e com poucas provas dadas gerar ofertas na ordem dos milhões. O Wall Street Journal diz que várias marcas fizeram propostas e chegou a ser oferecido um contrato de 4 milhões de dólares. O que ainda é mais interessante, visto que Lorde tem escrito as músicas em parceria - detendo apenas metade dos direitos de publicação. .O seu parceiro habitual é o produtor Joel Little, que tem contrato com a Sony/ATV Music Publishing. Mas a Sony desistiu da corrida quando os números das propostas concorrentes atingiram os vários milhões. .Leia mais: Lorde. O novo fenómeno da música pop lança o primeiro álbum.A equipa de Lorde, cujo nome verdadeiro é Ella Yelich-O"Connor, disse que o contrato vencedor não foi o mais generoso em termos de dinheiro: foi o mais promissor. .Este negócio demonstra, diz o WSJ, como a tecnologia teve um impacto fundamental no negócio do 'publishing'. Se antes era apenas uma questão de recolher 'royalties' quando as músicas eram tocadas, vendidas em discos ou utilizadas em anúncios, agora o panorama é muito mais complexo. Com a quebra na venda de CD, são outras fontes de música que ganham relevo: o YouTube, o Spotify e outros serviços, pagos ou gratuitos, que obrigaram os publishers a um papel mais abrangente. .Matt Pincus, CEO da Songs Music Publishing, começou em fevereiro a tentativa de assinar com Lorde - muito antes da explosão do single "Royals" nas tabelas. Esta música está há sete semanas no topo da Billboard Hot 100, um feito que não acontecia há 26 anos com uma artista da sua idade, e a revista Time considerou-a a adolescente mais influente de 2013..O primeiro álbum de Lorde, "Pure Heroine", foi lançado a 30 de setembro através da Virgin/EMI.