Apostas: o negócio da eleição papal

Apostar no novo papa é uma prática antiga. Mas foi só com a eleição de Bento XVI que surgiram as primeiras apostas online.
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Com a renúncia de Bento XVI, a decisão sobre quem o Colégio de Cardeais vai escolher para ser o novo Sumo Pontífice rapidamente se tornou alvo da especulação das casas de apostas do mundo inteiro. Só a irlandesa Paddy Power já arrecadou mais de 500 mil dólares em apostas para o sucessor de Joseph Ratzinger. Por agora, o nome do cardeal Angelo Scola parece ser o mais consensual: na bwin, uma das principais casas online, uma aposta de 75 euros pode valer pouco mais de 280 euros, caso seja ele o novo papa.

Apostar em quem vai ocupar a casa

de São Pedro é uma prática antiga. Existem registos de que, em 1591, o papa

Gregório XIV ameaçou os especuladores de excomunhão para tentar impedir as apostas. Hoje, o negócio ganhou outra dimensão. Só em 2005, quando o fumo branco anunciava Bento

XVI como o novo papa, a Paddy Power fez mais de um milhão de dólares com a

eleição do papa alemão.

A chegada de Ratzinger à casa de

São Pedro coincidiu também com a primeira vez que surgiram apostas online sobre

a identidade do novo papa. Um sucesso assinalável, escreveu o site The Daily Beast,

para casas como a Paddy Power, Landbrokes e Intrade.

Por agora, os favoritos

são os Cardeais Angelo Scola, com 25% de possibilidades de ganhar, e

Peter Turkson com 28%. Na bwin, o cardeal americano Sean O"Malley é o

terceiro favorito para ocupar o lugar de Bento XVI (em caso de vitória, uma aposta máxima de 275 euros pode

valer um prémio de 1125 euros)

Na lista dos principais candidatos

estão ainda o secretário de Estado do Vaticano, Tarcisio Bertone, com 14,5% por

cento de possibilidade de vitória (No Intrade, Ladbrokes e Paddy Power), e o

cardeal canadiano Marc Ouellet, com 15% no Intrade e 12,5% na Ladbrokes e Paddy

Power.

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