Associação quer eficiência energética e transição digital debatidas por eurodeputados

"A intensidade digital das PME tem de melhorar e Portugal precisa de mais ação nestas matérias”, defende a Associação Empresarial dos Setores Elétrico, Eletrodoméstico, Eletrónico e das Tecnologias da Informação e Comunicação
Associação quer eficiência energética e transição digital debatidas por eurodeputados
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A Associação Empresarial dos Setores Elétrico, Eletrodoméstico, Eletrónico e das Tecnologias da Informação e Comunicação (Agefe) apelou a que as questões relacionadas com a eficiência energética e transição digital sejam debatidas no Parlamento Europeu, segundo um comunicado.

Daniel Ribeiro, diretor-geral da Agefe, realçou, na mesma nota, a importância de colocar a eficiência energética e a transição digital na ordem do dia, no país e na Europa.

“O último relatório europeu quanto ao estado da Década Digital é claro – Portugal deve aumentar os seus esforços e encorajar o investimento privado na digitalização dos negócios, tanto ao nível das competências como da adoção e utilização de tecnologias essenciais para que a transição digital seja efetiva”, salientou.

Para o dirigente associativo, "a intensidade digital das PME tem de melhorar e Portugal precisa de mais ação nestas matérias”.

“A Agefe gostaria de ver estas questões em debate no Parlamento Europeu, quer pelos nossos recém-eleitos eurodeputados, quer pelos seus pares”, referiu Daniel Ribeiro, salientando que é preciso “mais investimento privado em eficiência energética e mais infraestruturas para mobilidade elétrica nas empresas e nos condomínios” e lamentando que o acesso aos fundos europeus não seja a “coisa mais evidente e lógica" em Portugal.

Este ano, a associação apresentou ao Governo uma agenda, “um conjunto de recomendações para posicionar a transição energética e digital como fatores de competitividade e desenvolvimento, não só para as empresas, públicas ou privadas, mas também no quotidiano dos portugueses”.

Segundo Daniel Ribeiro, “um frigorífico hoje gasta em média menos de metade da energia do que um comprado há 15 anos”, sendo que a associação tem vindo “a insistir com os governos para a adoção de um programa de apoio à substituição dos eletrodomésticos ineficientes instalados em casa dos portugueses”.

“Mas apesar de ser uma ação prevista nos planos de ação de eficiência energética desde 2008”, esta iniciativa “nunca saiu do papel”, referiu.

A Agefe detalhou que a agenda para “Acelerar Portugal” lança um conjunto de desafios, como “promover o consumo sustentável, criar energia verde mais competitiva, apostar na transição digital e transformar o Estado no principal aliado do crescimento e inovação”.

A Agefe realçou ainda a “valorização do mercado único europeu”, apelando para que “o legislador evite ónus e barreiras nacionais que criem entraves ao investimento e à escala das operações”.

“É preciso que estas temáticas estejam na ordem do dia no Parlamento Europeu. Estou certo de que os nossos 21 deputados vão querer ser determinantes para acelerar o nosso país”, sublinhou Daniel Ribeiro.

O dirigente associativo disse que “há muito trabalho a fazer”, indicando que “a Afege acompanha atualmente mais de 60 projetos legislativos nas áreas da eficiência energética e da economia digital”.

A Agefe representa em Portugal os setores elétrico, eletrodoméstico, eletrónico e das tecnologias da informação e comunicação, sendo constituída por 158 empresas com um volume de negócios global que ultrapassa os cinco mil milhões de euros e que empregam cerca de 11 mil trabalhadores.

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