A subida do volume de negócios no comércio a retalho desacelerou em termos homólogos, de 15,3% em fevereiro, para 12,9% em março 2022, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira divulgados.
O INE explica que este crescimento foi influenciado por um efeito base, visto que março de 2021 foi ainda afetado pelas medidas de contenção da pandemia covid-19.
A evolução do índice agregado resultou da variação negativa de 1,1%, mas superior em 1,3 pontos percentuais (pp) em relação ao mês anterior, do agrupamento dos produtos alimentares e do abrandamento de 7,1 pp dos produtos não alimentares que, no entanto, cresceram 26,1%, contra 33,2% em fevereiro.
Este abrandamento, reforça o instituto, refletiu "em larga medida" aqueles efeitos base resultantes das medidas de contenção da pandemia implementadas nos primeiros meses de 2021.
Neste agrupamento, o INE destaca, em particular, a desaceleração de 39,6 pp dos têxteis, vestuário, calçado e artigos de couro, ainda assim para uma taxa de crescimento de 125,9% em março (-4,9% em março de 2021).
Em termos nominais, o índice do volume de negócios no comércio a retalho passou de uma taxa de variação homóloga de 21,2% em fevereiro para 22,3% em março.
Os índices de emprego, remunerações e horas trabalhadas apresentaram taxas de variação homóloga de 4,5%, 9,3% e 18,4%, respetivamente (variações de 4,4%, 7,5% e 22,4% em fevereiro, pela mesma ordem).
No primeiro trimestre de 2022, a taxa de variação homóloga das vendas no comércio a retalho foi de 12,9% (7,6% no quarto trimestre de 2021), aumentando as vendas em termos nominais 19,5% (11,7% no trimestre anterior).