Autoestradas da Brisa com quebra de tráfego de 25% em 2020

Receitas de portagem caíram 23,7% por causa das fortes restrições de circulação do confinamento e do recolher obrigatório a partir de março em Portugal Continental.
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As autoestradas geridas pela Brisa Concessão Rodoviária (BCR) registaram uma quebra de tráfego de 25% em 2020. Os resultados da concessionária rodoviária do grupo Brisa foram fortemente impactados pelo coronavírus, que entre março e dezembro implicou fortes restrições de circulação em Portugal Continental.

As receitas de portagem caíram 23,7% durante este período, refere o comunicado de resultados divulgado esta quarta-feira junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A evolução da circulação nas autoestradas teve quatro fases, segundo a concessionária: em janeiro e fevereiro, havia mais tráfego do que em período homólogo; entre março e maio, por causa do primeiro confinamento e do estado de emergência, houve fortes quebras na circulação; entre junho e setembro, houve recuperação das perdas dos meses anteriores; no último trimestre, a segunda da pandemia e as novas restrições de circulação levaram a novas quebras.

Por trimestres, o pior desempenho registou-se entre abril e junho, com uma diminuição de 49,4%; no último trimestre de 2020, a travagem foi de 24,9%; o terceiro trimestre registou uma descida de 14,9%. O período com menores quebras (-10,9%) registou-se entre janeiro e março.

As receitas de portagem ressentiram-se destas restrições, com uma diminuição de 23,7%, para 475,3 milhões de euros. A A6, que liga Marateca a Caia e que é uma das portas de entrada de Portugal, foi a autoestrada com maior descida de tráfego, de menos 32,6%. Também registaram-se acentuadas quebras de tráfego nas autoestradas com mais utilizadores: menos 26,3% na A1; menos 25,8% na A5; e menos 19,7% na A4.

Como as restrições incidiram nos particulares, a diminuição de tráfego dos particulares foi de 26,3%; nos pesados, a descida foi de 7,3%).

Os lucros da BCR, por causa da pandemia, caíram 39,9%, para 122,9 milhões de euros. Apesar das dificuldades, a empresa já assegurou previamente liquidez suficiente para pagar os seus próximos reembolsos de dívida e não precisou de utilizar 400 milhões de euros em linhas com garantia de subscrição pré-contratadas.

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