
As iniciativas são as mais variadas, entre as mais surpreendentes - como a aquisição de uma Playstation 5 ou de óculos de realidade virtual para um lar de idosos -, e as mais comuns, como ajudar associações de animais na compra de alimentos ou de vacinas, na construção de um parque infantil, no fornecimento de material de primeiros socorros a corporações de bombeiros, ou na criação de um ‘cabeleireiro’ para aprimorar a imagens de idosas num centro social, e chegam de norte a sul do país para se candidatarem à iniciativa Bairros Felizes, do Pingo Doce.
Em três edições já foram apoiados 1491 projetos, promovidos por associações de moradores, de pais, ou de animais, escolas, lares de idosos, clubes recreativos, entre outros, que viram as suas ideias apoiadas com valores até mil euros. No total, o Pingo Doce já contribuiu com cerca de 1,5 milhões de euros, a que se juntarão mais umas largas centenas de milhar assim que sejam apurados os vencedores da 4ª edição, anunciados a 26 de outubro.
Até lá, qualquer pessoa que faça compras nos supermercados daquela insígnia terá a oportunidade de escolher as causas com que mais se identificar. “O Bairro Feliz é um programa no qual cada loja apoia uma causa que contribua para fazer cada bairro mais feliz”, afirma Filipa Pimentel. Para a diretora de Desenvolvimento Sustentável e Impacto Local do Pingo Doce, o facto de cada causa candidata ser iniciativa de um grupo local, e posteriormente votada também pelos habitantes da zona, “promove uma cidadania ativa, e o espírito de colaboração, uma vez que são os moradores de cada bairro que melhor sabem o que faz falta”.
A iniciativa deu os primeiros passos em 2019, com pequenos testes piloto realizados em algumas lojas, e arrancou a nível nacional em 2021. Anualmente, o número de candidaturas tem sido, em média de três mil por edição, das quais são selecionadas duas por cada uma das cerca de 850 lojas. Isto significa que, apesar da abrangência do projeto, cerca de metade das iniciativas candidatas ficam fora da votação. No entanto, para que não desistam, o regulamento permite que voltem a concorrer com a mesma ideia. “Não queremos que as pessoas desistam das suas causas”, diz Filipa Pimentel.
Este ano, e um pouco em jeito de balanço, será publicado o primeiro relatório de impacto do Bairro Feliz, que visa “prestar contas, de forma transparente, de tudo o que já foi feito neste programa”.
Apoio diário a mais de 500 instituições
Além do programa Bairros Felizes, a área de sustentabilidade do Pingo Doce, conta com um conjunto de outros projetos. “Apoiamos mais de 500 instituições todos os dias, mas nestes o foco é a carência alimentar”, revela a responsável, que acrescenta: “Trata-se de mitigar situações de carência alimentar, de vulnerabilidade ou de emergência social, especialmente em grupos como as crianças e os idosos”.
O Pingo Doce aposta igualmente, e há mais de 15 anos, na promoção da literacia infantojuvenil, fomentando o acesso a livros exclusivos, a preços acessíveis, nas suas lojas. Ao todo já foram lançados cerca de 500 títulos, e vendidos mais de dois milhões de exemplares. “Também temos o Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce, com o intuito de incentivar a criatividade literária e artística, premiando obras originais que ajudem a promover o gosto dos mais novos pela leitura”, salienta Filipa Pimentel.
A sair para a rua esta semana está ainda o projeto Bairros de Leitura, que inclui a oferta de bibliotecas com livros infantis aos hospitais e alas pediátricas com internamento dos de todo o país. “Cada biblioteca estará equipada com livros infantis editados em exclusivo para o Pingo Doce, direcionados para idades entre os dois e os 12 anos, e terá o formato de casinhas tipicamente portuguesas”, conta a responsável, que acredita que assim, as crianças internadas poderão manter ou criar os seus hábitos de leitura, “e animar um pouco mais os seus dias”, conclui.