Banca relativamente tranquila com a evolução das moratórias

Segundo Paulo Macedo, CEO da CGD, os indícios atuais indicam níveis de incumprimento baixos.
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O primeiro debate da quinta edição das Money Conference, onde foi feita uma análise do que poderá acontecer no próximo ano, contou com a presença de Miguel Maya, CEO do Millenium BCP, Paulo Macedo, CEO da CGD, António Ramalho, CEO do Novo Banco, Francisco Barbeira, membro da comissão executiva do BPI e ainda António Ramalho, presidente executivo do Novo Banco. A mensagem principal transmitida foi a de que há uma relativa tranquilidade no que concerne à evolução da gestão das moratórias. Isso foi demonstrado pelo discurso de Paulo Macedo, que referiu que a banca necessita de pelo menos seis meses para ter dados concretos, nomeadamente das empresas, mas que, para já, os indícios são positivos, com níveis baixos de incumprimento. E isso foi possível, acrescentou o CEO da CGD, porque as empresas prepararam-se com antecedência e a própria banca fez todo um trabalho de abordagem ais clientes (corporate e particulares), tendo, inclusive, reestruturado diversos créditos. "Há várias soluções que permitem que vejamos as moratórias com relativa tranquilidade", concluiu.

Já Miguel Maya realçou a diferença existente entre as taxas de juro aplicadas às empresas e famílias portuguesas versus as praticadas por outros países europeus. E acrescentou que é essencial assegurar condições para que as empresas possam trabalhar "não a uma escala local, mas sim a uma escala global", com diferenciação do risco. O CEO do Millenium BCP aproveitou para alertar que os bancos portugueses não podem, para minimizar o risco, irem trabalhar para o estrangeiro. E sobre a questão de se ficam ou não sediados em Portugal, a questão prende-se apenas com uma coisa: ter condições para. "E hoje não têm condições".

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