Bancários chegam a acordo com o Montepio sobre aumentos salariais

O entendimento prevê, para 2021, uma atualização de 0,4% em todos os níveis remuneratórios e, para 2022, uma subida entre 1% e 1,1%. Subsídio de refeição cresce para 10,50 euros. Sindicatos não estão totalmente satisfeitos, por isso, vão lutar por uma compensação em 2023.
Publicado a

Os sindicatos dos bancários da UGT - MAIS, SBC e SBN - chegaram a um entendimento de princípio com banco Montepio para a revisão das tabelas salariais que prevê aumentos de 0,4% em 2021 e entre 1% e 1,1% para 2022. Este ano, o subsídio de refeição sobe para 10,50 euros, segundo o comunicado enviado às redações. A atualização terá efeito já no processamento de salários deste mês de outubro e o pagamento dos valores retroativos serão realizados em novembro. O acordo fica aquém do desejado, por isso, no próximo ano, os sindicatos vão lutar por uma compensação.

"Depois de quase dois anos sem que o Montepio se aproximasse da posição dos Sindicatos na revisão salarial, insistindo em aumentos zero em 2021 e pouco mais em 2022, foi finalmente dado o passo que permitiu chegar a um acordo de princípio entre as partes", lê-se na mesma nota.

Assim, para 2021, as partes acordaram um aumento de 0,4% em todos os níveis remuneratórios e de 0,4% em todas as cláusulas de expressão pecuniária. Estas atualizações terão efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2021.

Para este ano, ficou decidido um aumento de 1,1% entre o nível um e o nível 12; uma atualização de 1% do nível 13 ao nível 18; e uma subida de 1,1% em todas as cláusulas de expressão pecuniária. Para além disso, o subsídio de almoço no valor sobe 0,78 euros, de 9,72 para 10,50 euros. De igual modo, estas atualizações terão efeitos a 1 de janeiro de 2022.

"Considerando que já não é possível processar o pagamento dos retroativos resultantes das cláusulas anteriores em outubro, este será efetuado no mês de novembro", explicam os sindicatos. Já a "atualização de todos os valores resultantes dos aumentos acordados será feita já no mês de outubro", clarificam.

"A solução fica aquém das necessidades dos trabalhadores e do seu merecimento, mas a situação que se vive atualmente não permite protelar mais no tempo a inexistência de aumentos no Montepio", afirmam os sindicatos da UGT, reconhecendo que o banco "tem estado com maiores dificuldades do que a restante banca, tendo apresentado prejuízos de 80 milhões de euros em 2020, o que levou o Ministério de Trabalho a aceitar o seu pedido para ser considerado empresa em reestruturação".

Contudo, MAIS, SBC e SBN não estão totalmente satisfeitos com o acordo de princípio pelo que exigem uma compensação salarial no próximo ano. "Nessas negociações, os sindicatos vão lutar por melhores condições para os trabalhadores do Montepio, até porque o banco já está em melhor situação, e os trabalhadores têm de ser ressarcidos pelo seu esforço e profissionalismo durante este período, que muito contribuiu para os resultados do banco", de acordo com o comunicado.

"MAIS, SBC e SBN não aceitarão que, em 2023, os benefícios alcançados pelo Montepio não cheguem aos seus trabalhadores através dos aumentos salariais", lê-se na mesma nota.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt