Bancos recuperam perdas com depósitos de famílias a superarem níveis de há um ano

Famílias voltaram a confiar as economias ao setor bancário, levando os depósitos de particulares a ascenderem aos 180,5 mil milhões de euros em janeiro. É a primeira vez, desde fevereiro de 2023, que este stock regista uma taxa de variação anual positiva.
FOTO: Reinaldo Rodrigues/Global Imagens
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Depois de meses consecutivos a levantarem poupanças para aplicá-las em Certificados de Aforro, as famílias voltaram a confiar as economias aos bancos, levando a que os seus cofres não só recuperassem as perdas avultadas, como também superassem os níveis de há um ano. 

Em concreto, mostram os dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal (BdP), os depósitos de particulares totalizavam 180,5 mil milhões de euros no final de janeiro, o que, face ao período homólogo, representa um crescimento de 602,6 milhões ou de 0,33% em termos percentuais.

Trata-se do quarto mês consecutivo em que o stock de depósitos de famílias nos bancos residentes aumentou e a primeira vez, desde fevereiro de 2023, que apresentou uma taxa de variação anual positiva. Em relação a dezembro, altura em que aquele produto de poupança somava 179,78 mil milhões de euros, o acréscimo a registar é de 718,6 milhões de euros (+0,39%).

No passado mês, indica ainda a nota estatística, os depósitos a prazo - que incluem os depósitos com prazo acordado e os depósitos com pré-aviso - somaram 2,81 mil milhões relativamente a dezembro, perfazendo os 101,94 mil milhões de euros (+2,8%). 

Já em comparação com o período homólogo, quando esta tipologia de depósitos apontava para os 91,37 mil milhões de euros, a subida é mais expressiva: 11,5% ou 10,56 mil milhões de euros, em termos nominais. Para esta evolução contribuiu sobretudo a procura dos depósitos com prazo acordado, uma vez que os com pré-aviso reduziram-se.

Quanto aos depósitos das empresas, o stock situava-se, no final de janeiro, nos 62,57 mil milhões de euros, o que significa menos 1,51 mil milhões (-2,3%) do que em dezembro e um recuo de 3,27 mil milhões de euros (-4,9%) face ao igual mês do ano passado - o mais acentuado desde novembro de 2013.

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