Barómetro de alumni do MBA Católica/Nova dá vitória a Kamala Harris

As eleições norte-americanas acontecem na próxima terça-feira. Mais de 70% dos antigos alunos do The Lisbon MBA Católica | Nova que participaram no barómetro de alumni da instituição dão a vitória à candidata democrática.
Foto: AFP
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A maioria dos alumni do The Lisbon MBA Católica | Nova acreditam que Kamala Harris vencerá as eleições nos Estados Unidos da próxima terça-feira. 71% dos inquiridos para este barómetro da instituição, que contou com 89 respostas, dão a vitória à candidata democrata, e 29% a Donald Trump.  Os resultados revelam também que 76% considera que se Trump sair vencedor, o impacto sobre a economia global será negativo, enquanto a mesma percentagem responde que um mandato de Kamala Harris terá um impacto positivo sobre a economia mundial. 78% acredita que a democrata poderia mesmo impulsionar a economia internacional.

Questionados sobre qual seria o melhor resultado eleitoral para mitigar as tensões geopolíticas no Médio Oriente e na guerra da Rússia contra a Ucrânia, 78% dos antigos alunos do MBA da Católica e Nova apontam para Kamala Harris, 20% para Donald Trump, e 1% diz que nenhum dos dois. 

Rita Melo, consultora de Sustentabilidade da multinacional norte-americana AECOM, a trabalhar em Nova Iorque, e antiga aluna do MBA da Católica | Nova, diz que "como europeia, é interessante viver na cidade de Nova Iorque durante este ciclo de eleições presidenciais", e nota que "a cidade de Nova Iorque é amplamente pró-Harris e segue a mesma opinião do Barómetro Alumni sobre as eleições americanas". No entanto, sublinha, "se alguém deixar a maioria das grandes cidades de tendência democrática nos EUA e conduzir apenas algumas horas, as zonas rurais são de forma geral fortemente republicanas. Harris e Trump estão empatados nas sondagens, com Kamala Harris a liderar por 1,5% a 27 de outubro de 2024", lembra.

Para esta profissional, num comentário aos resultados deste barómetro, as respostas à pergunta sobre o melhor resultado para mitigar as tensões geopolíticas globais, particularmente no Médio Oriente e na Ucrânia, "mostra o desejo europeu de que Harris traria estabilidade ao Médio Oriente e à Ucrânia neste momento tumultuoso na nossa comunidade global". No entanto, sublinha, "nenhum dos candidatos articulou um plano claro sobre a forma como lidariam com estes conflitos".

Para Rita Melo, "a realidade é que tanto os democratas como os republicanos de todo o espetro aceitaram grandes contribuições de campanha por parte de organizações de lobby que apoiam um dos lados do conflito no Médio Oriente, o que tornará difícil a implementação de políticas que reflitam a opinião pública. Por exemplo, de acordo com o OpenSecrets, os doadores pró-Israel contribuíram com 59,2 milhões de dólares até ao momento no ciclo eleitoral de 2024, dos quais 56% foram para os democratas e 41% para os republicanos".

A gestora portuguesa em terras americanas aponta para a desconfiança dos cidadãos americanos face ao sistema político. "Observei também uma falta generalizada de fé no sistema político americano, segundo o qual os políticos são vistos como propriedade dos seus doadores e não representam verdadeiramente os cidadãos americanos. Neste grupo, há a sensação de que, quer Harris ou Trump ganhem, o resultado resultará em decisões políticas iguais ou muito semelhantes, tanto a nível nacional como internacional."

Pessoalmente, Rita Melo diz acreditar que "está na altura de este país ter uma mulher como presidente". 

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