Barroso: sabia-se que sétima avaliação "ia levar algum tempo"

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O presidente da Comissão Europeia desdramatiza o facto da sétima

avaliação da troika ao programa de ajustamento estar a demorar mais

do que se previa, dizendo que se "sabia desde o início" que as

negociações podia arrastar-se no tempo.

"Desde o início que se sabia que [a sétima avaliação] ia

levar algum tempo", afirmou Durão Barroso, quando questionado à

saída do plenário, em Estrasburgo, a propósito do trabalho que

está a ser feito em Lisboa pelos técnicos da troika. "É uma missão técnica que está em consultas com o governo

português. Não posso fazer mais comentários. Não tenho detalhes

sobre os contactos que estão agora em curso", afirmou.

O chefe do executivo comunitário rejeita que algo possa não

estar a correr bem, considerando que "Portugal tem vindo a fazer um

esforço notável" para ajustar a sua economia. Por isso, Durão

Barroso vai pedir amanhã aos líderes que aceitem a extensão, em um

ano, do prazo para Portugal atingir a meta do défice. "A Comissão vai propor ao Conselho a extensão, por mais um

ano, do prazo para o cumprimento do défice orçamental", reiterou.

Barroso considera que "o facto de Portugal não ter atingido

esse objectivo se deve em larguíssima medida a uma deterioração

das condições externas", porque "alguns dos principais mercados

de destino das exportações portuguesas estão, de facto a cair. E

isso teve um impacto nos dados portugueses".

O presidente da Comissão Europeia pensa ainda que o pedido que

vai dirigir aos 27, na Cimeira de dois dias que começa amanhã em

Bruxelas "é um reconhecimento do esforço notável do esforço dos

portugueses". Sem mencionar o caso de Portugal, Durão Barroso considerou que

"os esforços e os sacrifícios que estão a ser pedidos, em alguns

países, estão a atingir o limite do suportável".

*Em Bruxelas

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