BCP lucrou 2,43 milhões por dia até setembro

Banco ganhou 714 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. Atividade em Portugal representa 85% dos lucros. Polónia cresceu 2,7%.
BCP lucrou 2,43 milhões por dia até setembro
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O Grupo Millennium BCP apresentou ontem um resultado líquido de 714,1 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2024, o que corresponde a um crescimento de 9,7% face ao mesmo período do ano anterior. Ou seja, registou um resultado líquido de 2,43 milhões de euros por dia até 30 de setembro.

O lucro relativo à atividade em Portugal ascendeu a 606 milhões de euros (+8,8%), enquanto o Bank Millennium (Polónia) reportou um resultado líquido de 127 milhões de euros (+2,7%), não obstante os encargos de 5,5 mil milhões de francos suíços associados aos créditos hipotecários (dos quais 347,62 milhões em provisões) e dos custos relacionados com a prorrogação das moratórias de créditos hipotecários em zlótis (moeda polaca), que ascendeu a 36,63 milhões, de acordo com os dados enviados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Já o Millennium BIM (Moçambique) registou um lucro de 63,6 milhões de euros até setembro, ou seja, uma queda de 5,7% face aos mesmos nove meses de 2023.

O resultado operacional core do grupo totalizou 1,76 mil milhões de euros. A margem financeira, ou seja, a diferença entre juros cobrados no crédito e juros pagos nos depósitos, caiu uns ligeiros 0,3% para 2,11 mil milhões de euros, enquanto as comissões cresceram 4%, para 601,8 milhões de euros.

Em Portugal, o produto bancário somou 1,48 mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, um crescimento marginal de 0,3% em termos homólogos. A margem financeira no país caiu 8,6%, para 1,003 mil milhões de euros, com a operação nacional a reportar custos operacionais na ordem dos 483,2 milhões (+5%).

Em comissões, o banco amealhou em Portugal 434,9 milhões de euros, mais 3,6%, sendo que as comissões com origem na emissão de cartões, transferências, seguros, créditos e garantias e gestão de contas cresceram 2,6%, para 364,5 milhões de euros.

A exposição a imparidades (NPE), em Portugal, totalizou 1,04 mil milhões de euros até setembro, menos 147 milhões de euros em termos homólogos. A redução resulta, segundo as contas enviadas à CMVM, de 227 milhões de euros de vendas, 94 milhões de write-offs  e de 174 milhões de euros de entradas líquidas.

Na Polónia, não obstante os encargos associados a créditos hipotecários, o grupo liderado por Miguel Maya destacou o crescimento dos proveitos core, suportado no aumento de 5,4% da margem financeira, para 971,8 milhões de euros. As comissões e outros proveitos ascenderam a 87,4 milhões de euros, menos 68,3% do que há um ano, em igual período.

Quanto aos créditos hipotecários, o grupo referiu que havia no final de setembro 22 260 processos judiciais, tendo sido constituídas provisões no valor global 1,79 mil milhões de euros.

Em Moçambique, o Millennium BIM mostrou “robustez”, segundo o grupo, com o produto bancário a deslizar 0,9%, para 196,2 milhões de euros, e a margem financeira a recuar 0,9%, para 151,4 milhões de euros. Ainda assim, a sucursal moçambicana fechou o período com uma quebra nos lucros de 5,7%.

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