Berlusconi vende AC Milan a investidores chineses

Negócio prevê que o clube seja recapitalizado em 350 milhões de euros ao longo dos próximos três anos.
Publicado a

O AC Milan vai passar a ter donos chineses no arranque da nova época. A Fininvest, a holding que detém o capital do clube, anunciou esta sexta-feira a venda de 99,93% do emblema a um consórcio de investidores chineses. O acordo avalia o AC Milan em 740 milhões de euros, segundo o comunicado publicado pela Fininvest, liderada pela família Berlusconi.

A companhia sino-europeia Sports Investment Management Changxing, a nova dona do clube italiano, é detida pelo fundo estatal Haixia Capital e é representada neste negócio pelo gestor Yonghong Li.

O acordo preliminar anunciado esta sexta-feira prevê que a operação esteja concluída até ao final de 2016, após a autorização das autoridades chinesas e italianas. O negócio prevê que o clube seja recapitalizado em 350 milhões de euros ao longo dos próximos três anos. Destes, 100 milhões serão colocados assim que o acordo ficar oficialmente assinado. O AC Milan conta com uma dívida de 220 milhões de euros.

O AC Milan, que já venceu sete vezes a Liga dos Campeões e 18 vezes a liga italiana, pretende voltar aos grandes palcos internacionais. Na última época terminou o campeonato italiano no sétimo lugar, ou seja, sem acesso às competições europeias.

A Fininvest já tinha anunciado em maio um acordo de exclusividade com um grupo de investidores chineses.

Com esta operação, fica afastada a participação desta operação do grupo chinês Fosun, em parceria com o empresário português Jorge Mendes, hipótese adiantada a meio desta semana pelo jornal Corriere dello Sport.

As empresas chinesas têm apostado nos últimos meses em vários clubes de futebol um pouco por toda a Europa, como o Espanyol, Aston Villa, Wolves (pela Fosun), Birmingham City e, esta sexta-feira, o West Bromwich Albion.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt