Hiperconectividade transformou negócio de pagamentos da Unicre com novos formatos

Hiperconectividade transformou negócio de pagamentos da Unicre com novos formatos

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Terminais de pagamento inteligentes, parcelamento de compras e transformação de dispositivos móveis em TPA são inovações que estão a transformar o negócio da Reduniq em Portugal. Segundo o diretor de marketing da casa-mãe Unicre, Luís Gama, as soluções beneficiam tanto os clientes que aceitam pagamentos como os consumidores, que passam a ter maior flexibilidade nas compras. 

“O negócio de aceitação de pagamentos vive desta conectividade e do facto de os negócios serem cada vez mais digitais”, disse o responsável ao Dinheiro Vivo. “Hoje a hiperconectividade está no centro da nossa estratégia no que tenha a ver com passar a aceitar pagamentos em praticamente qualquer objeto”, indicou. 

A transformação do negócio passa por três áreas com lançamentos recentes: Reduniq Soft, que permite transformar dispositivos em terminais de pagamento; Reduniq Smart, TPA com sistema operativo Android que incluem soluções de analítica e gestão; e Parcela Já, uma versão portuguesa da tendência mundial conhecida como BNPL (buy now, pay later) , ou parcelamento de compras. 

O responsável explicou que um dispositivo pode ser transformado num terminal através de uma aplicação de software, daí a designação Soft POS (point of sale). “As soluções de pagamento estão, no limite, em qualquer smartphone ou podem estar numa máquina, num IoT.” Com certificação de segurança os dispositivos podem aceitar pagamentos, sendo quase sempre ‘contactless’ por aproximação de um cartão, smartphone ou relógio. Luís Gama referiu que isto permite às empresas simplificar a operação e nunca perder uma venda, além de poupar o custo e reduzir o volume de lixo eletrónico, porque deixa de precisar de um terminal físico separado. 

“Estes terminais de pagamento estão sempre conectados”, salientou Luís Gama. “Anteriormente, tínhamos terminais físicos presos a um cabo de rede, a uma fonte de alimentação, e estes não”, continuou. “Estamos a falar de equipamentos com um SIM da Vodafone, que lhes permitem estar sempre conectados, seja por rede móvel, seja por Wi-Fi.”

O serviço Parcela Já está ligado a estes novos formatos, porque têm capacidade de se ligar a algoritmos que validam o risco do cliente. O comerciante recebe o montante na totalidade e é a Unicre que vai cobrando as mensalidades fracionadas. “Isto é possível por causa desta realidade da hiperconectividade, em que permite ter no mesmo terminal solução de pagamentos, solução de análise de risco e poder conectar-me a múltiplas fontes para validar em microssegundos o risco do cliente e conceder esta operação.”

Gama considerou a solução vantajosa para todos os envolvidos. O consumidor compra algo mais caro sem juros, o comerciante faz uma venda de maior montante e a Reduniq obtém uma comissão maior. “Este novo mundo permite-nos uma solução de valor acrescentado para todos.”

Outra vertente que tem mudado as operações da Unicre é a adoção de soluções na nuvem e de Inteligência Artificial. A empresa começou com análise de risco a partir de IA preditiva e está agora a usar os dados das transações para extrair informação. A ideia é que os clientes possam tomar melhores decisões com base nesse conhecimento, tal como o local onde vão abrir um novo restaurante ou sucursal. 

“O nosso negócio está a passar de soluções muito simples, um terminal de pagamento, para soluções de muito valor acrescentado, como é o caso de extrair ‘insights’ dos dados, além da integração de soluções de pagamento em múltiplos suportes e trabalhar com parceiros”, frisou o responsável. A estratégia é ter as soluções “mais conectadas, mais integradas e o mais transparentes possível.”

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