A revisão em baixa "reflete a fraca performance económica do primeiro trimestre e a continuada quebra nos indicadores de confiança", lê-se numa análise especial à economia mundial, na qual os analistas da Fitch consideram que se mantêm os riscos de uma nova revisão em baixa das perspetivas para o Brasil.
Na análise, a Fitch argumenta que neste país sul-americano "o crescimento económico registou uns meros 0,2" em cadeia no primeiro trimestre" e lembra que "a contração no investimento de 2,1% e no consumo das famílias de 0,1% são as principais causas para a performance abaixo do potencial".
O crescimento da economia brasileira, que deverá acelerar para 2% e 2,5% em 2015 e 2016, está a ser influenciado pelos fracos indicadores de confiança das famílias e dos empresários, bem como pelas difíceis condições na Argentina, um importante parceiro comercial dos brasileiros, e pela própria incerteza eleitoral, considera a Fitch.
O documento, que analisa também o crescimento dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), mostra que há uma divisão muito clara entre estes quatro países, com os dois primeiros a crescerem abaixo de 2% neste e no próximo ano, e os dois últimos a registarem expansões económicas na casa dos 6%.
No 'Global Economic Outlook', a Fitch prevê que a economia mundial acelere dos 2,4% do ano passado para 2,7% este ano e 3,1% nos próximos dois anos, um crescimento que "resulta principalmente de uma recuperação mais firme e equilibrada nas economias mais avançadas, apesar dos riscos de um abrandamento no comércio mundial e de um aumento dos preços do petróleo".