O Banco Central do Brasil reduziu hoje de 3,5% para 3,0% a estimativa de crescimento do país para 2011, informa o Relatório trimestral de Inflação.
Esta é a segunda vez consecutiva no ano que a instituição monetária reduz a sua previsão de crescimento da economia brasileira.
No primeiro relatório, a estimativa de crescimento era de 4%, valor que foi revisto para 3,5% na penúltima avaliação, divulgada em Setembro.
O Banco Central brasileiro actua de forma independente e as suas expectativas são diferentes da previsão oficial do Governo, que trabalha com a previsão de 3,8% para o crescimento do PIB em 2011.
Para justificar a nova redução, a instituição destaca as políticas monetárias adoptadas entre o final de 2010 e meados de 2011, além da "deterioração do cenário económico global", diz o relatório.
Separadamente, a agropecuária foi o único sector a apresentar melhora nas previsões, passando de 2,1%, na expectativa do terceiro trimestre, para os actuais 2,9%.
Ainda assim, o valor fica muito abaixo dos 6,3% registados em 2010.
Para a indústria, a estimativa caiu de 2,3% para 2,0%, face ao crescimento de 10,4% no ano passado.
O sector de serviços figura entre as maiores reduções, tendo passado de uma previsão de crescimento de 3,5% para 2,9%.
Em 2010, os serviços foram responsáveis por uma subida de 5,5 por cento.
A previsão de inflação para 2011 foi de 6,5%, valor que representa o tecto da meta estabelecida pelo governo.
O governo federal trabalha com uma meta de inflação de 4,5% por ano, com dois pontos percentuais de margem de erro, para mais ou para menos.