Bruno Maçães gera nova polémica nas redes sociais

O secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Bruno Maçães, que foi assessor de Pedro Passos Coelho, volta a dar que falar na imprensa internacional devido aos comentários críticos a respeito da Grécia que tem publicado quase diariamente no Twitter.
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Escrevendo na sua página pessoal, sempre em inglês, onde se apresenta como secretário de Estado de Portugal, as suas contundentes opiniões sobre o impasse helénico são correntemente tidas como as posições oficiais do Governo e, mesmo, dos portugueses. São vários os jornalistas estrangeiros que já tomaram a parte pelo todo, atribuindo ao país inteiro a hostilidade contra os gregos que dizem estar a ser revelada por Maçães na rede social.

Três dias depois da vitória do Syrisa nas eleições de 25 de janeiro, já o governante português dava a primeira estocada no novo governo de Atenas: "Juros da dívida grega a 10 anos regressam aos valores de há dois anos". O comentário, apesar de verdadeiro, aparecia em carateres gordos, como se, mais do que uma simples constatação, revelasse algum regozijo em mostrar que o governo de esquerda do Syrisa não era o melhor para a Grécia.

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E, na semana seguinte, ironizava na rede social: "Um ponto de vista epistemológico: se quisesse resolver a crise do euro, confiaria na tentativa e erro já experimentados por muitos ao longo dos anos ou em alguma teoria?"

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O novo ministro das Finanças grego é frequentemente citado na página de Maçães no Twitter, nem sempre pelos melhores motivos. A 6 de Fevereiro, o secretário de Estado português escrevia: "Interessante como Yanis Varoufakis argumenta que "não há crise grega." Como Marx ensina, é sempre uma crise do capitalismo global".

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Um dia depois, voltava à carga, jocoso: "Afinal, algumas pessoas não são entusiásticas do marxismo académico..."

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Culminando num perentório: "Foi um dia de declarações bizarras, mas o prémio vai para o ministro das Finanças grego ao anunciar a bancarrota de Itália". Um comentário que já conta com 132 retweets.

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E avisava: "O que têm que entender sobre os revolucionários em qualquer lado: eles querem que as coisas piorem. Isso cria as condições objetivas para a revolução."

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Na véspera da reunião extraordinária do Eurogrupo sobre a Grécia, realizada ontem, deixava expresso que "As pessoas em Bruxelas têm esperança que o Syriza possa ficar calmo e equilibrado ao longo dos próximos meses. O confronto inflexível não ajuda as coisas".

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E hoje citava: "Ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol: se não tivéssemos emprestado dinheiro à Grécia poderíamos ter aumentado as pensões e os subsídios de desemprego". Isto depois de ter feito notar: "Governo grego: "Iremos implementar totalmente, absolutamente e ao pé da letra o nosso plano radical.""

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Os comentários de Bruno Maçães já tinham gerado polémica nas redes sociais, quando no final de 2013, após uma visita à Grécia foi chamado de "alemão" pela imprensa local, criticando a sua falta de solidariedade.

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