
O cabaz de 63 produtos alimentares essenciais está a custar 227,73 euros, menos 4,99 euros do que na semana passada e menos 8,31 euros do que no início do ano. Na verdade, este é o valor mais baixo deste grupo de produtos - que inclui carne, congelados, frutas e legumes, laticínios e peixe - dos últimos oito meses. É preciso recuar a 1 de novembro de 2023 para encontrar um valor inferior: 224,86 euros.
Os dados são da Deco Proteste que compara o preços dos 63 artigos alimentares essenciais semana a semana, desde o início de 2022. E conclui que, face à semana passada, a descida foi de 2,14%, e de 3,52% face a 3 de janeiro de 2024.
No entanto, em termos homólogos, ou seja, comparativamente há um ano, este cabaz está 11,23 euros mais caro - um agravamento de 5,19% . Face a 23 de fevereiro de 2022, véspera do início da guerra na Ucrânia, o aumento foi de 44,10 euros, correspondente a 24% mais. Neste período alargado, os maiores agravamentos verificaram-se nos produtos de mercearia, que aumentaram 30,59% e no paixe, que está 27% mais caro. Mas todas as categorias de produtos encareceram, apenas em menor dimensão: a carne aumentou 26,43% face ao início da guerra, os laticínios estão 18,07% mais caros, a fruta e os legumes encareceram 13,65% e os congelados 7,99%.
Nos produtos com maior agravamento de preço face ao início da guerra, destaque para a pescada fresca, cujo preço quase duplicou (95%). O azeite virgem extra está 84% mais caro, o açúcar branco 63% e os flocos de cereais e a polpa de tomate ambos 58% acima. A batata vermelha e o arroz carolino encareceram 55% e 51%, respetivamente.
Se analisarmos os dados desde o início de 2024, a maçã Gala, o atum posta em azeite, os flocos de cereais, a dourada, o pão de forma sem côdea e o óleo alimentar encareceram todos a dois dígitos, variando entre os 10% do óleo e os 22% da maçã.
Já face à semana passada, e apesar da referida descida de 2,14% no preço total do cabaz, há artigos que continuam a encarecer. É o caso da courgete, que está 15% mais cara esta semana do que na semana passada, do iogurte líquido (+ 13%), atum posta em óleo vegetal (+11%), do tomate chucha (+7%) e do pão de forma sem códea (+7%), entre outros.