Caixa Geral de Depósitos A troika está no PAP e é para continuar

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Francisco Viana é o novo diretor de comunicação e marca da

Caixa Geral de Depósitos (CGD). Em ano de crise, os desafios são

elevados para o responsável de comunicação do maior banco

português: "Sermos capazes de fazer mais e melhor com menos

investimento." O Plano Automático de Poupança (PAP) da Caixa

cativou os portugueses que, ao que parece, simpatizaram com as caras

da troika. Talvez por isso Viana não coloque de parte um novo

"comunicado ao país" com Bruno Nogueira, Miguel Guilherme

e José Pedro Gomes.

É o novo diretor de comunicação e marca da CGD. Está prevista

alguma outra mudança na equipa ou na linha de comunicação?

Não. A equipa é a mesma, mas com uma liderança diferente.

Queremos continuar a construir uma marca mais próxima dos

portugueses. Solidez, reputação, confiança, sustentabilidade. Este

é o nosso posicionamento, é a nossa diferenciação. Queremos que

os nossos clientes, num contexto tão difícil como o atual,

percecionem a disponibilidade da Caixa para estar ao seu lado.

O PAP foi a grande campanha da Caixa no ano passado. É uma aposta

a manter? Com os mesmos "consultores de poupança" ?

O nosso grande desafio é sermos capazes de fazer mais e melhor

com menos investimento. Essa campanha sobre mecanismos automáticos

de poupança, o PAP, foi um ótimo exemplo. Os resultados são

excelentes. Em termos comerciais superámos o objetivo de subscrição

diária definido e em termos de comunicação os resultados foram

excelentes. Inovámos ao nível da estratégia de meios digitais e os

resultados falam por si: no dia 31 de Outubro, em 16 websites,

durante oito horas, o takeover teaser foi visualizado mais de 3,7

milhões de vezes. Durante o período da campanha, a Caixa entrou

para o quinto lugar do Top 10 de recordação por marcas e obteve a

pontuação mais elevada das campanhas do sector ao longo do ano de

2011. Ficámos muito satisfeitos com o trabalho dos nossos

"consultores de poupança". Um estudo realizado a

posteriori diz--nos que todos os intervenientes gozam de elevado

nível de agrado. Cerca de 66% dos inquiridos consideraram os

anúncios claros. Mantenho, claro está, a possibilidade de continuar

a colaborar com a nossa troika.

Depois dos nove mecanismos de poupança, qual o próximo passo?

Lançámos, no Natal, o PAPExperience. Em menos de um mês

vendemos cerca de 25 mil kits, o que nos levou a alargar a

comercialização até 31 de Março para poder ser oferecido, por

exemplo, no Dia dos Namorados, no Dia Mundial da Mulher ou no Dia do

Pai. Continuamos a apostar nos mecanismos de poupança automática.

Dado o ano que se perspetiva, a comunicação em torno da poupança

é uma inevitabilidade? Em que outros caminhos apostam?

É, de facto, uma inevitabilidade, mas poupança é aquilo que

sabemos fazer há muitos anos. Vamos lançar, neste domínio, um

produto inovador que irá surpreender o mercado. Vamos também

continuar a inovar nos canais à distância. Vai ser uma oportunidade

para reduzir o gap da perceção da inovação na Caixa.

As expectativas para este ano são de quebra de investimento na

comunicação. A Caixa vai manter o orçamento?

A Caixa não tem por hábito tornar públicos os investimentos que

realiza. Posso dizer que, comparativamente com anos anteriores, o

orçamento foi substancialmente reduzido. Como empresa do sector

empresarial do Estado que somos, estamos sujeitos às contingências

orçamentais impostas pelo Orçamento do Estado e pelo programa do

governo. Mas é em tempos de crise que surgem as oportunidades e esta

é uma época incrível para as marcas.

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