Caixa vende HPP ao grupo Amil por 80 milhões de euros

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O negócio de

saúde da Caixa Geral de Depósitos (CGD) já tem novo dono. O banco estatal

vendeu o negócio aos brasileiros do Amil, um dos três candidatos à compra dos

HPP - Hospitais Privados de Portugal, do grupo Caixa.

Segundo apurou

o Dinheiro Vivo, o montante do negócio ficou pouco acima de 80 milhões de

euros, ou seja, abaixo dos 100 milhões de euros a que estava avaliado o negócio

de saúde da Caixa. No entanto, já era expectável que esse montante fosse

difícil de atingir dada a elevada dimensão da dívida dos HPP.

Ainda assim, o

Dinheiro Vivo sabe que a proposta do grupo Amil era a mais elevada. Ou seja, o

banco público conseguiu concretizar a venda pela melhor oferta.

A escolha

recaiu no grupo Amil, o maior operador de saúde do Brasil, depois de resolvido

o problema com o Hospital de Cascais, avançou o Correio da Manhã. Isto porque

esta unidade hospitalar foi construída em regime de Parceria Público-Privada

(PPP), o que significa que o concessionário tem a obrigatoriedade de ficar

vinculado ao Sistema Nacional de Saúde (SNS) até ao final do contrato.

Inicialmente

este terá sido um ponto de discussão e discórdia. No entanto, a insistência do

Ministério da Saúde, para que o comprador assumisse o contrato da PPP do

Hospital de Cascais, acabou por levar os brasileiros ceder, apresentando uma

proposta que inclui a unidade hospitalar de Cascais.

O grupo Amil

foi assim o escolhido entre a Espírito Santo Saúde, detentora de vários

hospitais privados (como por exemplo, o Hospital da Luz) e a Frontino, um fundo

de investimento encabeçado por Jaime Antunes, em parceria com investidores

angolanos.

Além do

Hospital dos Lusíadas e de Cascais na área metropolitana de Lisboa, a HPP tem

ainda no Porto o Hospital da Boavista e o Hospital da Misericórdia de

Sangalhos. A Sul há mais dois: o Hospital de São Gonçalo de Lagos e o de Santa

Maria de Faro.

Segundo o Dinheiro Vivo apurou, a proposta está apenas a aguardar a autorização do

governo para se formalizar e concretizar o negócio de venda do HPP.

A área

seguradora será o próximo passado, devendo, no entanto, apenas ficar concluída

em 2013.

A complexidade

da operação, por estarem em causa vários segmentos - saúde, seguros, Ramo Vida

e não Vida -, e não se saber como será feita a divisão dos negócios, aliada ao

facto de o mercado se manter fechado, são alguns dos principais desafios à

concretização da venda desta área.

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