Depois de conhecido o resultado das eleições legislativas de 2022, a Direção da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) reuniu-se esta terça-feira, 1 de fevereiro, para debater o futuro da agricultura e do mundo rural no país com o Partido Socialista (agora independente na sua governação) à frente.
Em comunicado, a CAP veio tornar pública a sua posição de que a estabilidade política é a oportunidade ideal para investir e desenvolver o potencial da agricultura e do mundo rural em Portugal, citando que "a agricultura é um motor do desenvolvimento económico do país, pelo que o horizonte de estabilidade da próxima legislatura é uma oportunidade evidente para conferir ao setor e ao mundo rural a importância que estes, de facto, têm".
A Confederação revela ainda esperar que o governo de António Costa cumpra com o já assumido compromisso de "abrir pontes construtivas de diálogo com o setor agrícola", considerando este "o melhor tributo" que o primeiro-ministro poderia prestar à confiança que os agricultores portugueses depositaram em si.
Um dos assuntos abordados na reunião plenária foi a pasta da Agricultura e das Florestas, uma das principais preocupações para a CAP. Os agricultores insistem para que, daqui em diante, esta seja "uma pasta com peso político" e esteja em conformidade com a União Europeia, "pois a falta de peso político" deste setor na anterior legislatura e "a clara incapacidade de execução de fundos comunitários" originaram uma perda de "recursos e eficácia por parte do Ministério", explica a CAP em comunicado.
Afirmando seguir firme na defesa dos interesses do setor, a Confederação dos Agricultores Portugueses elogia a declaração feita pelo primeiro-ministro na noite de eleições, acerca da "promoção de consensos com os diferentes parceiros em sede de concertação social".