
O Governo aceitou a renúncia do presidente do grupo Águas de Portugal (AdP), José Furtado, ao cargo que desempenha há quatro anos. Em comunicado, o Ministério do Ambiente e Energia adiantou que o gestor demonstrou vontade de “abraçar novos desafios profissionais”. Para o substituir, foi convidado António Carmona Rodrigues, antigo ministro e ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
De acordo com a nota do ministério, José Furtado, “aquando do início de funções do Governo, solicitou uma reunião à ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, a qual se realizou a 12 de abril. Nessa reunião, o dr. José Furtado colocou o lugar à disposição”. A ministra aceitou o pedido e foi acordado que o processo de transição “seria feito dentro de um quadro de normalidade”. Um dia depois, José Furtado enviou uma carta a formalizar o seu pedido de renuncia, refere a mesma nota.
O Ministério do Ambiente e Energia informou também ontem que “na sequência da renúncia do presidente do Grupo Águas de Portugal, o Governo vai diligenciar ações conducentes à sua substituição, tendo sido convidado o professor António Carmona Rodrigues”.
O gabinete da ministra sublinha que o professor tem “um vasto currículo nas áreas de recursos hídricos, hidráulica e ambiente”, e que “já desempenhou funções como Ministro das Obras Públicas, Transportes e Habitação, como presidente da Câmara Municipal de Lisboa e como presidente da Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos”.
A saída de José Furtado da AdP acontece depois de o jornal digital Eco ter noticiado que o grupo aprovou, no dia 29 de dezembro de 2023, o pagamento de um dividendo extraordinário de 100 milhões de euros ao Estado, que terá contribuído para reduzir o défice e a dívida pública. De acordo com o Eco, o gestor opôs-se num primeiro momento à operação, mas depois aceitou um compromisso, em que o Governo se comprometia afazer um aumento de capital quando a empresa precisasse para investir.
Com Lusa