Casinos preparados para abrir em junho

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Os casinos portugueses implementaram um conjunto de medidas para garantir a segurança dos frequentadores e colaboradores. Seis já receberam o selo Clean & Safe.

Os casinos portugueses deverão reiniciar atividade no próximo mês de junho, mais de dois meses e meio após terem encerrado as portas devido à pandemia do novo coronavírus e que obrigou as concessionárias a aderirem ao regime de lay-off simplificado. As salas de jogo implementaram um conjunto de medidas para assegurar o distanciamento social e a higienização dos espaços, seguindo um caderno de encargos sob a estrita observância do Turismo de Portugal com vista à atribuição do selo Clean & Safe. Na próxima reunião do Conselho de Ministros (dia 28 de maio) deverá ser aprovada a reabertura desta atividade, anunciada a data para reinício da operação e os moldes do desconfinamento, nomeadamente se haverá limites na capacidade.

"Estamos a aguardar a decisão do Conselho de Ministros, depois de implementarmos um conjunto de medidas em linha com os requisitos do selo Clean & Safe", adiantou fonte do setor do jogo. As disposições tiveram em conta as exigências do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos do Turismo de Portugal, com base nas recomendações da Direção-Geral de Saúde, e obrigaram a gastos avultados na aquisição de equipamentos de segurança e higiene, e a uma reformulação dos espaços, nomeadamente para criar distâncias entre cada slot machine. Cada concessionária teve de o seu protocolo individual, dadas as especificidades de cada estabelecimento.

Segundo a Secretaria de Estado do Turismo há seis, dos onze casinos existentes em Portugal, que já receberam o selo Clean & Safe, ou seja, adotaram um conjunto de práticas e procedimentos de natureza sanitária e de higienização que cumprem as orientações da Direção-Geral da Saúde e que estão adequadas à atividade desenvolvida. Os restantes estão ainda a implementar as medidas, que reconhecem de alguma complexidade, o que pode originar que as suas reaberturas não sejam logo possíveis no início de junho.

Com a suspensão total da atividade desde 14 de março devido ao novo coronavírus, os casinos recorreram ao lay-off simplificado que abrangeu a quase totalidade dos trabalhadores. Agora, coloca-se a questão de saber qual será a decisão sobre a capacidade das salas e da necessidade de chamar todos os colaboradores no primeiro momento da reabertura. "O segredo da retoma é conseguir criar segurança nas pessoas", sublinhou a mesma fonte, admitindo que as ruas continuam muito vazias.

Em março, os casinos registaram uma quebra histórica de receitas de jogo, devido a um único fator: o encerramento da atividade para conter a propagação da pandemia do novo coronavírus. Nesse mês, verificaram uma queda de 65% nos proveitos, ou seja, 9 milhões de euros em receitas, valor que compara com os 25,8 milhões gerados em igual período de 2019, revelam os dados da Associação Portuguesa de Casinos.

No acumulado do primeiro trimestre, as salas de jogo apresentaram uma receita global de 61,1 milhões de euros, uma descida de 17,5% face aos 74,1 milhões gerados em igual período de 2019. O casino de Tróia só divulgou dados de janeiro e fevereiro.

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