CCP desiludida com omissão de comércio e serviços no pacote de medidas do Governo

Confederação considera, no entanto, positivas medidas como a baixa do IRC, que "é um incentivo importante às empresas e ao investimento", e o compromisso de o Estado pagar em 30 dias que, "se efetivamente implementado, pode ajudar a tesouraria das empresas".
João Vieira Lopes, presidente da CCP.
João Vieira Lopes, presidente da CCP.
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A Confederação do Comércio e Serviços (CCP) considera que o pacote de medidas para a economia apresentado pelo Governo é positivo, mas faltam medidas para setores como os transportes e o automóvel.

"Sendo positivo que, num tempo relativamente curto, o Governo tenha apresentado um pacote de medidas dirigido à Economia, a omissão ou desvalorização destes setores [do comércio e serviços], com o peso que têm no emprego e no valor acrescentado, constitui uma grande desilusão", defende a CCP, em comunicado.

As medidas que a confederação destaca como positivas são a baixa da taxa de IRC, que "é um incentivo importante às empresas e ao investimento" e o compromisso de o Estado pagar em 30 dias que, "se efetivamente implementado, pode ajudar a tesouraria das empresas e fomentar a participação de empresas mais pequenas como fornecedores do Estado".

No entanto, o lado "negativo" nesta iniciativa é "a quase total omissão de medidas dirigidas ao setor do comércio e dos serviços, incluindo nomeadamente setores importantes como os transportes e o automóvel", reitera a confederação liderada por João Vieira Lopes.

O Governo apresentou na quinta-feira um pacote de 60 medidas para acelerar a economia portuguesa, que incluem a redução do IRC, ao ritmo de dois pontos percentuais por ano, até atingir os 15% no final da legislatura e a criação de grupos de IVA.

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