A certificação de vinhos da Bairrada cresceu 10% no primeiro semestre do ano, para um total de 6,5 milhões de garrafas (cerca de 87 mil hectolitros), avançou a Comissão Vitivinícola da Bairrada. Já para a próxima vindima é esperada, na região, uma produção total de cerca de 181 mil hectolitros, em linha com a produção da campanha anterior.."As condições climáticas felizmente não tiveram grande impacto na nossa região. A consequência da pouca chuva e muito calor poderá evidenciar-se através de uma vindima mais precoce que o habitual. Existe menor quantidade de água nos solos, no entanto, e atendendo à forte influência atlântica de que a região beneficia, as manhãs mais frescas têm favorecido o desenvolvimento regular das uvas, pelo que podemos afirmar que a qualidade e quantidade dos vinhos da Bairrada se vai manter na vindima 2022/2023", refere, citado em comunicado, o presidente da Comissão Vitivinícola da Bairrada, Pedro Soares..Constituída por oito concelhos - Águeda, Anadia, Aveiro, Cantanhede, Coimbra, Mealhada, Oliveira do Bairro e Vagos -, a Região Demarcada da Bairrada contabiliza cerca de 2.400 produtores de vinhos, que exploram mais de seis mil hectares de vinha..Deste total, 110 produtores estão inscritos na Comissão Vitivinícola da Bairrada, e 84 colocam no mercado vinho com o selo de Denominação de Origem (DO) Bairrada ou Indicação Geográfica (IG) Beira Atlântico. Garante a CVR da Bairrada que a região produz "mais de metade (53%) dos espumantes nacionais, sendo o mercado português o seu maior consumidor"..Recorde-se que as previsões de colheita do Instituto da Vinha e do Vinho apontam para uma quebra de 9% na produção vitivinícola nacional na próxima campanha, para um total de 6,7 milhões de hectolitros. Douro e Lisboa são as regiões que antecipam maiores perdas, na ordem dos 20%, seguindo-se as Terras do Dão (15%) e Trás-os-Montes, Terras da Beira e Açores, com uma produção 10% inferior à da vindima de 2021.