Chega teme falências. "Estado de emergência não pode implicar novo confinamento total"

André Ventura, do Chega, refere que o partido só avançará com uma decisão sobre o estado de emergência quando conhecer todos os detalhes. Por agora, refere que "o recolher obrigatório, por si só, não resolve o problema" e pede que haja "clareza e assertividade" na comunicação.
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A intervenção de André Ventura, do Chega, à saída da conversa com o Presidente da República foi pautada pela preocupação com a situação das empresas. O partido teme "uma verdadeira tragédia, com falências atrás de falências e com todos os setores de atividade económica a entrar em derrocada caso isto vá para a frente, por necessidade de controlo público".

Por agora, o Chega aguarda a receção da proposta na Assembleia da República para tecer mais comentários sobre um novo estado de emergência.

"Há uma coisa que desta vez teremos de fazer: se numa primeira fase pedimos às empresas que mantivessem os postos de trabalho, as suas condições apesar das restrições, desta vez já não vamos poder fazer simplesmente a mesma coisa. O Estado vai ter de avançar com um plano, como tem sido feito na Alemanha e noutros países, para cobrir as perdas destes setores", indicou.

Ventura indica que o partido "teria preferência por medidas de massificação de controlo de temperatura, com algumas restrições pontuais" e sublinha que "o recolher obrigatório, por si só, não resolve o problema e estado de emergência não pode implicar novo confinamento total como aconteceu em março".

O partido considera que um novo estado de emergência " não pode ser feito sem um plano em que se explique claramente que perdas, que vão ser muitas, é que serão cobertas" pelo Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa recebe esta segunda-feira os partidos com assento parlamentar sobre a possibilidade de um novo estado de emergência. O Governo apresentou uma proposta ao Presidente para um estado de emergência "com natureza essencialmente preventiva", que poderá ser mais extenso do que os atuais 15 dias.

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