Ciência explica porque é que o Facebook nos está a deixar ansiosos

Provavelmente, a maioria de nós já passou por esta situação: estamos a fazer "srcoll" no Facebook e pensamos "eu devia ver-me livre disto".
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Investigadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, monitorizaram, durante um mês, um grupo de pessoas que desativou as contas da rede social Facebook. O resultado? Estavam mais felizes, menos ansiosos, menos deprimidos e com melhor alcance de atenção.

Além disso, estes 2844 utilizadores do Facebook observados e que antes usavam a plataforma diariamente pelo menos durante 15 minutos recuperaram, em média, uma hora das suas vidas e passaram-na com amigos ou a ver televisão.

O principal autor do estudo intitulado The Welfare Effects of Social Media (Os efeitos das redes sociais no bem-estar, em tradução livre), Matthew Gentzkow, explica a razão pela qual o Facebook tem um efeito tão "polarizador" e o porquê de os conteúdos mais emotivos ou divisores de opinião tenderem a ser virais na rede.

"O que é que motiva realmente as pessoas a clicarem no 'Partilhar'? Penso que é necessária mais pesquisa. Não é só escolher uma forma de os meus amigos verem o conteúdo que partilho. Significa conteúdo que talvez identifique que a minha identidade será partilhada", aponta Gentzkow.

"A desativação causa pequenas mas significativas melhorias no bem-estar e em particular na felicidade reportada, satisfação com a vida, depressão e ansiedade", escrevem os investigadores, que perceberam que apenas quatro semanas sem a rede social refletem um grande benefício.

Embora o estudo tenha mostrado que desligar o Facebook teve um efeito menor, mas positivo, no humor, não ficou provado se o uso intensivo do Facebook piorou o bem-estar mental dos utilizadores.

Sobre este estudo o Facebook disse que era apenas um entre muitos outros e que deveria ser visto dessa forma.

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