Cloudflare elege Lisboa para novo centro europeu
Há uns meses, os responsáveis da Cloudflare, empresa que disponibiliza uma rede de distribuição de conteúdo e serviços de segurança na Internet, estiveram em Portugal. A visita tornou-se conhecida através do Twitter e uma fotografia do aeroporto de Lisboa. Meses depois, a Cloudflare oficializa a escolha da capital portuguesa, através de uma publicação no blog da empresa.
Na publicação, assinada por John Graham-Cumming, o CTO da empresa, é referido que a Cloudflare “olhou para 45 cidades em 29 países, elaborando depois uma lista final de três cidades”. Através de comunicado, Matthew Price, o CEO da tecnológica, explica que “abrir um escritório em Lisboa oferece à Cloudflare a oportunidade inestimável de aceder a um novo conjunto de talentos técnicos que nos permitirá levar melhores produtos e serviços ao mercado.”
“A combinação de um grande ecossistema tecnológico em crescimento, uma política de imigração atrativa, estabilidade política, um elevado nível de vida” são algumas das razões apontadas para a escolha de Lisboa para receber este novo centro de engenharia. Além disso, a Cloudflare aponta também questões de natureza logística, como a vantagem do mesmo fuso horário em relação a Londres e a possibilidade de um voo direto para São Francisco, a principal localização da tecnológica.
Em comunicado, o presidente da AICEP, Luís Castro Henriques, destaca a capacidade portuguesa para atrair centros especializados. “Portugal tem conseguido atrair centros tecnológicos cada vez mais especializados e com maior valor acrescentado e a AICEP tem trabalhado ativamente para que estes projetos se concretizem, traduzindo-se em mais postos de trabalho altamente qualificados".
A abertura de um novo centro técnico implica ainda a mudança de Graham-Cumming para Lisboa. “Como parte da abertura do novo escritório, vou mudar-me para Lisboa este verão, tal como um pequeno número de colaboradores técnicos de outros escritórios da Cloudflare”, é possível ler na nota.
Ao Jornal de Negócios, o CTO da empresa indica que no final de 2020, espera ter uma estrutura na ordem dos “três dígitos de trabalhadores”. O recrutamento para o novo centro já arrancou, com as vagas disponíveis no site da empresa. Neste momento, estão em aberto dez vagas, ligadas às áreas de apoio a clientes, engenharia, segurança, operações técnicas e estratégia de produto.
Na região EMEA (Europa, Médio Oriente e África) a Cloudflare já conta com 230 trabalhadores. O novo centro em Lisboa junta-se à estrutura de Londres e Munique, a nível europeu. Noutros continentes, a empresa conta também com escritórios em Singapura, Pequim, Sidney, entre outros. A Cloudflare conta com data centers em mais de 180 cidades em todo o mundo.
Nota: Notícia atualizada às 12h25, para incluir declarações de Matthew Price e Luís Castro Henriques.