CMVM: Jovens investem mais em ações, criptoativos e crowdfunding

Inquérito mostra que os investidores mais jovens demonstram ter uma maior apetência por investimentos de risco. Estudo da CMVM foi divulgado no arranque da Semana Mundial do Investidor que decorre até ao dia 12 de outubro.
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Os investidores jovens são mais propensos a fazer investimentos de maior risco, nomeadamente em ações, criptoativos e crowdfunding.

Esta é uma das conclusões do estudo divulgado esta quarta-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) no evento que marca o arranque da Semana Mundial do Investidor.

Segundo o estudo, "os jovens parecem ter uma tolerância ao risco relativamente maior". "Mesmo que a grande maioria (77,8%) detenha depósitos, uma parte considerável detém produtos mais voláteis como produtos estruturados (3,6% vs. 1,1%), derivados (2,4% vs. 0,4%) e ICO/Crowdfunding (4,8% vs. 2,0%)", adianta uma nota com resultados do inquérito.

Acrescenta que "os jovens escolheriam investir 23% dos 100 000 euros em ações, um produto com mais risco, e 39% em depósitos [esta percentagem é mais baixa quando comparada com o grupo de idade superior]".

Os jovens também procuram mais informação relacionada com o mercado acionista e a legislação, e menos sobre taxas de juro.

De acordo com o estudo, 60% dos jovens procuram informação na Internet - comparando com 43% dos inquiridos não jovens -, 29% junto de amigos e família enquanto 11% não procura informação - comparado com 15% dos inquiridos não jovens.

O inquérito demonstra ainda que os investidores "jovens apresentam menor conhecimento de conceitos menos técnicos como juros simples, risco vs. retorno e divisão equitativa".

O inquérito, que foi realizado entre 2020 e o início de 2021, visou caracterizar o perfil do investidor e do não investidor nacional. A seleção de amostra teve duas fases, sendo que na primeira foram escolhidos aleatoriamente 9 969 participantes, os quais foram inquiridos acerca dos seus comportamentos e atitudes financeiras. Destes 9% eram jovens dos 18-25 anos, dos quais 31% eram investidores. A segunda fase envolveu 2 207 participantes, aos quais foram colocadas questões de literacia financeira. Destes, 6% eram jovens, com idades entre 18 e 25 anos.

A Semana Mundial do Investidor vai decorrer até ao dia 12 de outubro com a realização de dezenas de eventos.

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