A Royal Bliss é a nova marca da Coca-Cola no mercado português. "É uma marca sofisticada de mixers, criada para elevar a experiência de consumo ao final do dia, podendo ser consumida pura ou combinada com outras bebidas alcoólicas", explica a diretora-geral da multinacional americana em Portugal, Ana Claudia Ruiz.
A nova bebida oferece seis sabores: "A Signature Tonic, que é a tónica clássica, e que apresenta uma versão zero açúcar, a Aromatic Berry, com frutos vermelhos e jasmin, a Lemon Mixer, com limão, lima e toranja, a Ginger Ale, com sabor de gengibre doce, cítricos e herbais, e a Tonic Water, de sabor mais leve e refrescante, com notas de lima e erva-príncipe", explica a empresa.
Com este novo lançamento, a Coca-Cola está a pensar em jovens adultos e adultos. Para divulgar a Royal Bliss, a empresa vai fazer "uma comunicação ampla, holística e multifacetada, incluindo comunicação above the line, como spots de TV, outdoors, redes sociais e digital, bem como ações below the line, como materiais de ponto de venda, incluindo promoções. Vamos ainda proporcionar uma experiência totalmente imersiva, através de ações de experimentação para dar a conhecer a nossa marca", adianta Ana Claudia Ruiz.
A bebida, que será produzida em Espanha, pode ser encontrada "em todos os canais de distribuição a nível nacional, no continente e ilhas, nos formatos de lata e garrafa. A Royal Bliss estará em bares, restaurantes, supermercados, hotéis", adianta a diretora-geral da Coca-Cola.
A marca de mixers já existe em Espanha, Bélgica, Holanda, Suécia e Noruega. "A marca tem tido um excelente desempenho e aceitação por parte dos consumidores em todos os mercados onde está presente", garante Ana Claudia Ruiz, que não divulga objetivos de vendas da marca para Portugal.
Questionada sobre as razões que levaram ao lançamento da Royal Bliss agora no mercado português, a responsável da Coca-Cola responde que a empresa tem "o foco no consumidor e estamos constantemente à procura de inovar e desenvolver mais ofertas para que tenha um vasto leque de opções no seu dia-a-dia. A Royal Bliss vem preencher um espaço de conexão com este consumidor que procura um escape, uma pausa na azáfama do dia-a-dia para se reconectar consigo mesmo".
A retoma do turismo é um bom argumento para apostar em Portugal. "O turismo é uma grande oportunidade de negócio para todas as áreas de atividade e o setor de bebidas não é exceção. No caso da Coca-Cola, uma marca conhecida e reconhecida em todo o mundo, naturalmente que o turismo é uma alavanca importante", afirma a responsável.
Ana Claudia Ruiz garante que 2023 está a ser um bom ano para a Coca-Cola. A gestora não divulga dados sobre Portugal, mas aponta, no primeiro trimestre e a nível global, para "um lucro de 3107 milhões de dólares (2823 milhões de euros), mais 12% do que em idêntico período do ano anterior. Estamos confiantes de que iremos cumprir os nossos objetivos para este ano".
No mês passado a empresa anunciou vendas de 655 milhões de euros até março na Península Ibérica, uma subida de 20,5% do que no mesmo período de 2022.
E isto apesar do aumento da inflação. "As nossas vendas estão equilibradas, mas a inflação é um desafio para todos e estamos constantemente à procura de oportunidades para ser mais eficientes e continuar a oferecer as melhores alternativas aos nossos consumidores", afirma, sem responder se, e em quanto, os preços das bebidas que vende em Portugal têm subido. Ana Claudia Ruiz diz apenas que têm "trabalhado arduamente de forma a gerir a pressão provocada pelo aumento da inflação, ao mesmo tempo que respondemos adequadamente aos diferentes contextos de mercado num ambiente competitivo".
Sobre o impacto da subida dos preços na cadeia de abastecimento da multinacional - que tem uma fábrica em Azeitão -, a diretora-geral para Portugal adianta que têm "contratos de longo prazo com fornecedores e planos de contingência para eventuais oscilações de fornecimento. Desta forma, os custos das matérias-primas flutuam a um ritmo diferente da inflação a que assistimos diariamente". Quanto à disponibilidade de garrafas de vidro, que tem sido um problema assumido, por exemplo, pela indústria cervejeira, a responsável da Coca-Cola em Portugal diz que, "à semelhança da resposta anterior, temos um plano de contingência em vigor para eventuais flutuações de fornecimento".