Comboios franceses fazem 36 dias de greve até junho

Trabalhadores da SNCF vão parar dois dias a cada cinco até ao final de junho.
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Em França, os sindicatos dos trabalhadores dos serviços ferroviários nacionais avançam ao início desta noite para um período de paralisações com a duração de três meses contra reformas na SNCF, a empresa pública de caminhos-de-ferro francesa, prometidas pelo governo. Os comboios vão parar dois em cada cinco dias e estão previstas “graves perturbações” de serviço a partir de amanhã.

O primeiro aviso de greve foi emitido por três sindicatos – CGT, UNSA e CFDT – para as 19h desta segunda-feira (18h em Portugal continental), com a paralisação a decorrer até às 8h de quinta-feira. Outro sindicato, o SUD-Rail, inicia às 20h greve por um período de 24 horas.

Ao todo, serão 36 os dias de greve na rede ferroviária francesa, até 28 de junho, a afetarem um em cada oito serviços de alta velocidade e intercidades, e um em cada cinco serviços regionais, de acordo com a SNCF. No serviço internacional, deixarão de circular um em cada quatro comboios.

Em causa está o estatuto especial dos trabalhadores ferroviários franceses, que permite, por exemplo, a aposentação aos 52 anos. O governo francês pretende introduzir mudanças nas regalias dos mais de 146 mil funcionários da SNCF, que acumula nesta altura uma dívida de 46,6 mil milhões de euros.

Além da greve na SNCF, França prepara-se para um longa jornada de paralisações. Um grupo de 11 sindicatos de trabalhadores da Air France convocou também greve para amanhã, reivindicando aumentos salariais de 6%. Será a quarta greve na Air France desde o início do ano. Estão também a ser mobilizados para a greve pelo CGT os trabalhadores da recolha do lixo e eletricistas.

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