Quando usado com ponderação e responsabilidade, o cartão de crédito pode ser útil em várias situações. Permite fazer pagamentos de bens e serviços (online ou não) e levantar dinheiro a crédito (cash-advance), que terá de ser reembolsado na data e nas condições acordadas com a instituição emitente do cartão.
Para tirar partido das vantagens de ter um cartão de crédito, um dos principais cuidados a ter é pagar na totalidade o montante mensal em dívida. Assim, poderá usufruir do crédito que contraiu por um curto período de tempo, não pagando juros.
Se não tiver esta disciplina, pode acabar por acumular dívidas - o chamado "efeito bola de neve".
Existem duas modalidades de pagamento do cartão de crédito: o pagamento integral e o pagamento parcial.
No pagamento integral, o valor que gasta é-lhe cobrado dentro de 20 a 50 dias - conforme as condições acordadas com o banco -, sem juros. No pagamento parcial, o banco permite-lhe pagar apenas uma parte do que gastou e deixar o resto para ir pagando depois (com juros). No pagamento parcial, tenha em mente que quanto mais demorar a pagar a totalidade da dívida, mais juros vai acumular.
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Por isso, o melhor é liquidar estas dívidas o mais rápido possível. Neste artigo deixamos-lhe algumas dicas.
Se tem mais do que um cartão de crédito, o melhor é focar-se numa dívida de cada vez. Comece por analisar qual dos cartões tem taxas de juro mais elevadas e menor valor em dívida e pague esse valor. Em seguida, utilize o valor que pagava mensalmente nesse cartão para amortizar a dívida de outro e assim sucessivamente.
E não se esqueça, se o seu objetivo é acabar com as dívidas do cartão, não pode aumentá-la com outros gastos no cartão. Por isso, pare de usar o cartão de crédito. Esta regra é essencial: não aumentar a dívida.
Outro esforço a fazer é poupar em tudo o que puder. Mesmo em gastos que pode considerar leves no orçamento, como os cafés fora de casa, por exemplo. Todos os cêntimos contam para acabar com a dívida. Compre apenas o que for necessário e evite gastos supérfluos. Se puder, aproveite até rendimentos extra, como subsídios de férias e de Natal.
Para cumprir o seu objetivo, pode também arranjar formas de ganhar algum dinheiro extra. Pode, por exemplo, vender peças de roupa ou outros artigos que já não usa. Recorra a sites de produtos em segunda mão para o fazer. Será mais um valor a amealhar.
Use o dinheiro que poupou ao longo do mês e some-o aos pagamentos habituais. Assim, além de amortizar parte do valor final, vai também os juros vão acumular mais devagar (estes são calculados em proporção do total em dívida, que fica mais baixa).
Como dissemos anteriormente, pagar o cartão de crédito não será tão difícil se a utilização que fizer dele for responsável e ponderada. Por isso, use-o apenas para despesas inadiáveis e urgentes, e, uma vez usado, faça todos os possíveis para pagar a dívida o mais rápido possível. Já dizia o ditado: tempo é mesmo dinheiro. Por cada mês que passa, os juros vão acumular.
No caso de ter vários créditos (cartões de créditos, créditos pessoais, automóvel, habitação, entre outros) pode avaliar a consolidação, ou seja, juntar todos os créditos num só contrato, ficando a pagar apenas uma única mensalidade, com melhores condições.
Todo este esforço compensou certamente. Por isso, após este processo, vai conseguir perceber que, com alguma organização e disciplina, é possível ter uma vida financeira mais descansada. Por isso, mantenha os bons hábitos financeiros. Aplique o valor na liquidação de outras dívidas e viva sem a pressão das dívidas financeiras.