
No ano passado “entre 20 a 30” concursos públicos para construção de habitação acessível não tiveram qualquer candidatura. A notícia, avançada pelo Eco, dá conta, pelas palavras de Pedro Dominguinhos, o presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR, que das centenas de concursos lançados pelas autarquias, existem “5% a 10%” ficaram vazios. Isto, numa altura em que o Estado tem de construir 32800 fogos até 31 de dezembro de 2026, por forma a cumprir com a meta da Comissão Europeia.
Segundo aquele responsável, são duas as justificações para a falta de interesse nestes concursos: se por um lado “um preço base baixo para as condições do mercado com que os concursos foram lançados”, acaba por “não gerar procura junto das empresas”, por outro, e em particular nos concursos para reabilitação de casas, o volume da empreitada era reduzido, o que desincentivou os empreiteiros”.
Pedro Dominguinhos diz ainda que nos últimos três meses tem havido “uma diminuição dos concursos desertos”, mas alerta que este ano “é crucial” para conseguir atingir a meta da Comissão Europeia.