Congelagos e GoParity juntas na descarbonização da fábrica de processamento de peixe

Financiamento vai permitir transição energética na construção de uma central fotovoltaica na fábrica de processamento de peixe da Congelagos.
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A Congelagos, empresa do setor piscatório, alia-se à GoParity para financiar a transição energética através da construção de uma central fotovoltaica. Este projeto tem como objetivo aumentar a descarbonização da fábrica de processamento de peixe da Congelagos.

A empresa de pescado, que quer trazer a sustentabilidade a todas as vertentes da sua atividade, recorre aos investidores da GoParity, plataforma portuguesa de acesso a investimento de impacto, para angariar 500 mil euros. Com 913kW, esta central produz energia suficiente equivalente ao consumo anual de 405 famílias europeias. Neste projeto estão envolvidas a Universidade do Algarve, o CoLab B2E e outros parceiros de desenvolvimento, refere a empresa em comunicado.

Este é considerado o maior projeto solar da plataforma de financiamento colaborativo, contribuindo para a promoção de uma atividade marinha sustentável e a manutenção de lugares de trabalho para pescadores, refere a GoParity em comunicado.

A Congelados, na zona de Lagos, Algarve, tem uma instalação industrial, num terreno de quatro hectares, equipada com um sistema de congelação de alta capacidade, alimentada a 4MW e um armazém de refrigeração de 5400 toneladas.

O fundador e chairman da Congelagos, Nuno Battaglia, alerta que "a pesca só é sustentável quando respeita o mar e todos os envolvidos na atividade. A Congelagos menciona que a pesca só pode ser sustentável se respeitar o mar, o pescador, a fábrica e o cliente. Procuramos investimentos que sejam economicamente sustentável, bons para as pessoas e para o meio ambiente, que é o caso deste financiamento através da GoParity".

O CEO da GoParity, Nuno Brito Jorge, refere que "o projeto é relevante numa época de tensão sobre a dependência energética global. O maior aproveitamento de recursos endógenos e renováveis é a única forma de conseguir autonomia e deixar a dependência de regimes políticos imprevisíveis e de variáveis que não controlamos. A diminuição da dependência da empresa da rede elétrica torna-a menos vulnerável a flutuações de preços e encargos fiscais".

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