Congresso dos gestores quer dar voz a quem decide

Forum de Administradores e Gestores de Empresas avança com congresso a 28 de novembro e espera contar com gestores de fora dos grandes centros
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São cerca de 6400 gestores e 1600 empresas com faturação acima dos 20 milhões de euros. É o universo de administradores e gestores em Portugal, que o Fórum de Administradores e Gestores de Empresas (FAE) pretende representar, dando-lhes voz. O objetivo não é entrar em concorrência com as associações empresariais, que defendem os interesses das empresas, mas antes “dar voz aos gestores, até porque fora dos grandes centros, principalmente as cidades de Lisboa e Porto, há muitos gestores que não têm como se fazer ouvir e sabemos que a maioria dos empregos está nas pequenas e médias empresas”.

Mas “para representar é preciso legitimidade”, sublinha Luís Filipe Pereira, presidente do FAE e ex-ministro da Saúde. E é isso que este primeiro congresso pretende alcançar, uma vez que o fórum considera haver “uma lacuna de representatividade institucional na área da gestão profissional”.

A ideia não é entrar em concorrência com as associações empresariais, que defendem os interesses das empresas, mas antes “dar voz aos gestores”, com o objetivo de institucionalizar uma organização representativa e de autorregulação da função empresarial.

Mas “para representar é preciso legitimidade”, sublinha Luís Filipe Pereira, presidente do FAE. E é isso que este primeiro congresso pretende alcançar, uma vez que o fórum considera haver “uma lacuna de representatividade institucional na área da gestão profissional”.

O congresso, que se vai realizar num só dia, na Culturgest, Lisboa, e com quatro momentos diferentes, vai ser organizado sob o tema “compromisso e responsabilidade” e destina-se não só aos administradores e gestores mas também “aos líderes de equipas, são esses que, no dia-a-dia das empresas, decidem”.

Luís Filipe Pereira pretende definir uma carta de direitos e deveres dos gestores e apresentar um estudo sobre o perfil dos gestores nacionais, além de debater o seu posicionamento face à economia e às questões éticas da profissão. O fórum quer ainda passar por questões como a atividade dos gestores independentes, a gestão de empresas familiares, as novas tecnologias e o papel do empreendedorismo e das startups na economia do país. O FAE tem um prémio dedicado às startups e empreendedores com um valor na ordem dos 10 mil euros.

“O congresso é um ponto de partida, é o início de um caminho”, afirma o economista. Há “um espaço de intervenção que não está ocupado e é importante para o país”, diz ainda o presidente do fórum, fundado em 1979, e que se define como a única associação nacional representativa dos administradores de empresas.

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