Dentro de um ano, começam a ser entregues os primeiros 176 apartamentos do megaempreendimento Antas Atrium, que está a ser construído nos terrenos do antigo estádio das Antas, no Porto, e promete criar uma nova centralidade residencial na cidade. As obras correm a bom ritmo, sem sobressaltos de maior devido ao aumento dos preços e à escassez de materiais de construção. As vendas estão também em linha com a voracidade que o produto novo desperta no mercado..Mais de 75% desta primeira fase do projeto já está comercializada, estando prestes a ser lançada a segunda etapa do investimento. No total, a joint-venture Quantico-Albatross vai despender 240 milhões para construir um novo núcleo habitacional no Porto, com mais de mil apartamentos, onde irão viver cerca de três mil pessoas dentro de seis a oito anos. Será uma nova vida para uma área de terrenos que, desde a demolição do estádio, estava quase abandonada..As famílias portuguesas e os investidores em imobiliário para arrendamento têm sido os principais compradores, mas o Antas Atrium também despertou o interesse de estrangeiros de mais de 10 nacionalidades, avança Cristóbal de Castro, fundador e administrador da Albatross Capital, empresa de investimento imobiliário focada nos mercados português e espanhol. O empreendimento foi desenhado com toques de luxo a olhar para a classe média. Segundo o gestor, o preço médio do metro quadrado é de 3500 euros. Há apartamentos a custar 146 mil euros, valor que vai aumentando ao ritmo da dimensão da residência até atingir os 589 mil euros..E não tem havido surpresas quer nos custos quer nos prazos da obra. Apesar de o setor da construção se debater há mais de um ano com a subida abrupta dos materiais e também com dificuldades de fornecimento, a Quantico-Albatross acredita que escolheu o parceiro certo. A construtora "tem solidez financeira e boas práticas de construção, e está a conseguir reduzir o impacto da inflação nos custos através de um trabalho de aprovisionamento e gestão", sublinha Cristóbal de Castro..Nesta primeira etapa do empreendimento, predominam os T2 (com áreas de 89 a 118 metros quadrados), mas há lugar para tipologias do T0 ao T4 Duplex, sendo que todas as unidades têm lugar de estacionamento e arrecadação, além de varandas com espaços generosos ou terraços privativos, enfatizam os promotores. O toque de exclusividade é também dado pelo conjunto de amenities (comodidades, em português): sala polivalente de lazer, piscina interior, ginásio, área infantil interior e parque exterior, horta comunitária, parque para bicicletas, entre outras. E, para completar, 2300 metros quadrados de áreas verdes dedicadas só a esta primeira fase..Quando o Antas Atrium estiver totalmente concluído irá albergar no seu interior um espaço verde de 15 500 metros quadrados. Para já, os promotores estão a preparar o lançamento da segunda fase. Segundo Cristóbal de Castro, as vendas devem arrancar ainda este ano. Os projetos estão quase concluídos, sendo de admitir que se inicie a obra ainda em 2023. "Há muita falta de produto diferenciado - com áreas verdes, terraços, piscina -, e a este nível de preços", sublinha o gestor. E a demanda não apresenta sinais de esmorecer, apesar da subida dos juros. "Há muita procura e pouca oferta, e as famílias têm que tomar decisões. Uma casa nova é um valor refúgio", diz..O Antas Atrium vai ser desenvolvido em seis fases, sendo que o lançamento de cada uma está dependente do sucesso da comercialização da anterior. Neste racional, no final desta década, o condomínio deverá estar efervescente de vida..No entretanto, a Quantico-Albatross continua a olhar para o Porto "com muito interesse", mas também a estudar oportunidades em toda a envolvente da cidade, como em Gaia e Maia, e até um pouco mais longe, em Braga e Guimarães, revela Cristóbal de Castro. "O objetivo é continuar a apostar no país", frisa, apontando que também têm investimentos em estudo para Lisboa e Algarve. "Começámos a investir no segmento habitação, mas agora estamos a analisar também projetos de hotelaria", adianta. Só nos últimos 12 meses, aplicaram 400 milhões em residencial. A joint-venture tem em diferentes fases de desenvolvimento empreendimentos em Lisboa e Porto.