Contas falsas. Ex-gestores do Wells Fargo obrigados a devolver bónus

Stumpf e Tolstedt foram considerados culpados por não terem investigado apropriadamente "o comportamento impróprio e falta de ética" dos funcionários
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O ex-presidente executivo do Wells Fargo, John Stumpf, e a ex-responsável pelo departamento de banca comunitária, Carrie Tolstedt, vão ter de devolver os bónus acumulados no exercício dos cargos. Isto acontece depois de ter sido descoberta, em 2016, a criação de dois milhões de contas de depósitos e de cartões de crédito sem autorização dos clientes, ou seja, contas falsas, segundo um relatório interno tornado público na segunda-feira.

Por terem sido responsabilizados, os dois ex-gestores terão de devolver ao banco um total de 75 milhões de dólares (70,84 milhões de euros, segundo o câmbio atual): 47 milhões de dólares por parte da ex-responsável de banca comunitária e os restantes 28 milhões de dólares pelo ex-CEO, refere o jornal Expansión.

Stumpf e Tolstedt foram considerados culpados por não terem investigado apropriadamente "o comportamento impróprio e falta de ética" dos funcionários, ao criar um clima de expetativas irreais e de ocultar informação sobre a dimensão deste escândalo.

No final de março, o banco norte-americano já tinha anunciado que tinha chegado a acordo com um grupo de clientes queixosos por 110 milhões de dólares. Isto antes de ter pago 185 milhões de dólares de multa e cinco milhões de dólares para compensar o empregado do banco que denunciou a fraude.

Com estas contas falsas, alguns trabalhadores do Wells Fargo terão feito transferência ilegal de fundos para contas não autorizadas e a criação de códigos PIN para cartões de débito nunca utilizados.

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