Control Space. Solução de self-storage tem 50 milhões de euros para crescer

Startup portuguesa conta com cinco armazéns no país, que totalizam mais de duas mil unidades de armazenamento. Sonho de tornar-se líder no segmento é agora apoiado por uma joint venture.
Os fundadores da Control Space. FOTO: DR
Os fundadores da Control Space. FOTO: DR
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O self-storage, isto é, o arrendamento de unidades de armazenamento a pessoas e empresas, tem vindo a desenvolver-se nos últimos anos, apontando a estimativa para 50 mil ativos nos Estados Unidos e sete mil na Europa. Em Portugal, especificamente, o mercado é “competitivo” e dominado até agora sobretudo por negócios familiares e players internacionais - mas o paradigma pode estar a passos de mudar, com a expansão da Control Space.

Fundada em 2021, como subsidiária da Colares Capital, a startup nasceu da visão conjunta de Albano Costa Lobo, Vasco Fino e Francisco Parreira do Amaral, após várias viagens a Nova Iorque e visitas a armazéns em Londres, onde tiveram a oportunidade de constatar a crescente necessidade de espaços de armazenamento devido à alta dos preços imobiliários, à falta de arrecadações em novos empreendimentos, bem como às mudanças nas dinâmicas familiares e de trabalho.

Prometendo segurança, acessibilidade e conveniência, a solução da Control Space assenta em unidades “tecnologicamente avançadas e sustentáveis”, com dimensões que variam entre um e 20 metros quadrados (m2), e um período mínimo de permanência de apenas quatro semanas, que contraria “os prazos típicos”. Levantando a cortina sobre a inovação: é possível reservar, pagar e aceder a estes espaços inteiramente online, através de uma aplicação móvel.

Ao Dinheiro Vivo, Albano Costa Lobo garante que o processo de reserva é “simples e flexível”, podendo os clientes determinar qual a melhor solução de armazenamento para o seu caso com ajuda de uma calculadora digital, disponível na página web da empresa. Em alternativa, podem contactar diretamente a equipa para obter assistência ou até mesmo visitar os espaços da Control Space.

“O sistema digital permite uma experiência de arrendamento sem complicações, o que se torna essencial, dado que muitas vezes o armazenamento é necessário em momentos emocionalmente carregados, como mudanças de casa, divórcio ou heranças”, nota o responsável. “Poder oferecer uma experiência conveniente, livre de stress e com todo o apoio da nossa equipa em momentos sensíveis das vidas dos clientes é também um fator importante para nós”, acrescenta.

A afirmação que a jovem empresa tanto pretende alcançar-se-á de mãos dadas com a sustentabilidade. Além de equipar os espaços com luzes LED acionadas por sensores de movimento, trancas de portas eficientes e painéis solares para a produção de energia verde, a startup comprometeu-se a plantar uma árvore por cada nova unidade desenvolvida, abraçando desta forma práticas ESG (ambientais, sociais e de governação corporativa) e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU no seu modelo de negócio. 

Atualmente, a Control Space gere cerca de 15 milhões de euros em ativos, com cinco armazéns - três em Lisboa, um no Porto e outro em desenvolvimento na capital - que totalizam uma área bruta de 13 mil m2 e mais de duas mil unidades de armazenamento. Albano Costa Lobo explica que os armazéns estão estrategicamente localizados no centro das cidades ou em zonas muito próximas, de modo a poder proporcionar mais conveniência aos clientes.

A meta é liderar o mercado de self-storage nos próximos anos e, para tal, a empresa vai contar com o apoio da consultora de ativos madrilena Incus Capital e da sua detentora Colares Capital. Recentemente, as duas entidades uniram-se para criar uma joint venture, cujo objetivo é impulsionar o negócio da portuguesa, através de novas aquisições de imóveis e suas respetivas reconversões. No total, há 50 milhões de euros para investir e as aplicações já começaram a ser feitas - em Lisboa, nas zonas de Alcântara e Alfragide, e no Porto, na Zona Industrial.

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