O primeiro-ministro sugeriu esta quarta-feira que os desempregados do setor do turismo passem para a o setor social, com a reconversão profissional, tendo em conta a crise causada pela pandemia de covid-19.
"Como todos sabemos um dos setores mais atingidos por esta crise económica é, por exemplo, o setor do turismo", começou por assinalar António Costa na cerimónia de assinatura da declaração de compromisso de parceria para Reforço Excecional dos Serviços Sociais e de Saúde e no lançamento do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES) 3.0 de financiamento para a construção e requalificação de equipamentos sociais.
"Ora, muitos dos milhares de pessoas que neste momento estão a perder o emprego no setor do turismo são pessoas que já têm uma formação de base, são pessoas que já uma experiência de cuidado pessoal, que são um recurso fundamental e com formação poderem ser facilmente reconvertidas para continuarem a trabalhar com pessoas, agora nas instituições em que estão associadas nas IPSS, nas mutualidades, nas misericórdias ou nas cooperativas", sugeriu o chefe do executivo perante os representantes da chamada economia social.
De acordo com os últimos dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) o desemprego na região do Algarve - muito dependente do turismo - aumentou em junho mais de 230% face ao mesmo mês do ano passado.
110 milhões e 15 mil empregos
A terceira geração do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES 3.0), anunciado em junho, implica um investimento de 110 milhões de euros para a requalificação de construção de equipamentos sociais, como lares e creches, mas também a criação de milhares de postos de trabalho.
"O objetivo de colocar até ao final do ano 15 mil pessoas em instituições do setor social de modo a responder às situações de pandemia de forma a responder às situações da pandemia e incluindo também a vertente da formação", anunciou o ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho que tem estado no centro das críticas por causa das mortes num lar de idosos em Reguengos de Monsaraz.
O montante de 110 milhões de euros, já conhecido na altura da apresentação do programa de estabilização económica e social (PEES), será financiado através de receitas dos jogos sociais.
Notícia atualizada às 17h15 com mais informação