Créditos em moratória descem para 36,3 mil milhões em agosto

O valor diminuiu 500 milhões de euros face a julho.
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O valor dos empréstimos em moratória recuou 500 milhões de euros em agosto, face ao mês anterior, para os 36,3 mil milhões de euros.

"Esta variação reflete as reduções de 0,3 mil milhões de euros nos empréstimos concedidos a sociedades não financeiras e de 0,1 mil milhões de euros nos empréstimos aos particulares", refere o Banco de Portugal numa nota divulgada esta quinta-feira.

O montante de empréstimos de particulares abrangido por moratórias era de 14,1 mil milhões de euros, no final de agosto, dos quais 12,8 mil milhões de euros correspondiam a empréstimos à habitação.

Os empréstimos em moratória das empresas fixaram-se em 21,5 mil milhões de euros no final de agosto.

"A redução foi transversal a todos os setores de atividade, destacando-se o decréscimo de 0,1 mil milhões de euros nas indústrias transformadoras", adianta o supervisor.

Existiam em agosto 23,5 mil empresas abrangidas por moratória nos setores mais afetados pelas medidas adotadas na gestão da epidemia. O montante de empréstimos destas empresas ascendia a 8,3 mil milhões de euros, o que corresponde a uma descida de 100 milhões de euros face a julho.

A moratória pública termina esta quinta-feira para a quase totalidade dos empréstimos ainda abrangidos pela medida. Uma parte residual dos empréstimos vão ainda continuar a beneficiar da medida por terem aderido no período de alargamento concedido para adesões. Nesses casos, irão vigorar pelo prazo de nove meses após a adesão, podendo estar abrangidos por moratória até ao final deste ano.

Os bancos estão ainda obrigados a fornecer soluções para os clientes que não consigam retomar o pagamento das suas prestações do crédito, as quais não podem envolver um agravamento das condições contratuais, como aumentos dos juros cobrados.

O pico das moratórias foi atingido em setembro de 2020, quando o valor dos créditos abrangidos pela medida atingiu os 48,1 mil milhões de euros.

A medida foi adotada na sequência da grave crise económica provocada pelas medidas implementadas no âmbito da gestão da epidemia do novo coronavírus e foi alvo de prolongamento até ao final deste mês de setembro. As moratórias no crédito visam apoiar as famílias e empresas durante a crise e também ajudar os bancos, já que a medida trava o aumento do crédito malparado, que seria prejudicial para a banca.

Atualizada às 1645 com mais informação

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