Crédito habitação: taxa mista atinge novo pico e capta 80% das preferências

Subida de 5,4 pontos percentuais face a março confirma preferência dos consumidores por estabilidade inicial aliada à flexibilidade futura
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A escolha da taxa mista no crédito habitação voltou a ganhar força em abril, com dados do ComparaJá a indicarem que esta modalidade representa agora 80% das contratações feitas através da plataforma — um crescimento de 5,4 pontos percentuais em relação a março.

A tendência reforça a procura por soluções que ofereçam um período inicial de maior previsibilidade, com taxa fixa, seguido de uma transição para taxa variável indexada à EURIBOR, mais ajustada à evolução do mercado.

Crescimento da taxa mista contrasta com retração da taxa variável

Enquanto a taxa mista continua a ganhar quota, a modalidade de taxa variável perdeu tração, passando de 22,3% em março para 18,5% em abril. Esta quebra de 3,8 pontos percentuais poderá refletir a crescente cautela dos consumidores perante a instabilidade das taxas de juro — num momento em que o Banco Central Europeu dá sinais de possível descida da taxa diretora já em junho.

Fonte dos dados sobre crédito habitação: https://www.comparaja.pt/credito-habitacao
Fonte dos dados sobre crédito habitação: https://www.comparaja.pt/credito-habitacao

Já a taxa fixa, embora sempre minoritária nas preferências dos portugueses, recuou de 3% para 1,5%. A descida pode estar relacionada com uma menor atratividade comercial por parte da banca ou com o desfasamento face às expectativas de descida das taxas de juro no médio prazo, que favorecem opções mais flexíveis.

Ambiente monetário mais favorável reforça confiança

A expectativa de que o BCE possa iniciar em breve um ciclo de alívio monetário está a traduzir-se numa maior confiança por parte dos consumidores e num ambiente mais propício à tomada de decisões de financiamento. Neste contexto, a taxa mista assume-se como a solução de equilíbrio para quem pretende proteção nos primeiros anos do crédito sem abdicar da possibilidade de beneficiar de descidas futuras da Euribor.

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