CTT quer fechar 22 lojas pelo país. Veja quais são

Encerramento de um número indeterminado de lojas, consideradas não rentáveis, estava previsto no plano de reestruturação dos CTT
Publicado a

Os CTT preparam-se para fechar 22 lojas dos Correios em todo o país, a maioria das quais na Grande Lisboa e Grande Porto, noticiou o Eco e confirmou o Dinheiro Vivo junto da Comissão de Trabalhadores.

Até ao momento não foi possível obter um comentário da empresa, mas o fecho de um número indeterminado de lojas não rentáveis estava previsto no plano de reorganização da empresa liderada por Francisco Lacerda que prevê a saída de 800 trabalhadores entre 2018-2020. Com estes encerramentos poderão estar em causa cerca de quatro dezenas de postos de trabalho.

"Deu esta terça-feira entrada nos serviços da Comissão de Trabalhadores um pedido de parecer para o encerramento de 21 lojas, depois de na semana passada ter sido feito o pedido de parecer para o encerramento de uma loja [Arco da Calheta, Madeira]", confirmou José Rosário, coordenador da Comissão de Trabalhadores dos CTT, em declarações ao Dinheiro Vivo.

A Comissão de Trabalhadores tem 10 dias para dar o seu parecer, mas este não é vinculativo. "É um pedido de parecer meramente formal, o que significa após o parecer da Comissão de Trabalhadores, a empresa pode começar a encerrar as lojas", lamenta José Rosário.

Socorro, Junqueira, Filipa de Lencastre, Olaias (Lisboa), Camarate (Loures), Aldeia de Paio Pires (Seixal), Lavradio (Barreiro), Alpiarça (Santarém); Alferrarede (Abrantes), Asprela, Areosa, Galiza (Porto); Riba d'Ave (Vila Nova de Famalicão), Termas de São Vicente (Penafiel), Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Freamunde (Paços de Ferreira), Araucare (Vila Real), Universidade (Aveiro), Barrosinhas (Águeda); bem como Avenida (Loulé) são as lojas previstas encerrar em Portugal Continental, nas regiões autónomas estão previstos dois encerramentos: Calheta (Ponta Delgada) e Arco da Calheta (Madeira).

A Comissão de Trabalhadores ainda está a analisar quantos trabalhadores serão impactados por esta decisão, mas José Rosário calcula que pelo menos cerca de 40 trabalhadores serão abrangidos.

Até agora os CTT não tinham revelado quantas lojas seriam encerradas no plano de reorganização apresentado pela companhia no final do ano passado. Mas a empresa admitia encerrar lojas consideradas não rentáveis. "Poderá haver aqui lojas não rentáveis, mas aqui há lojas que são certamente rentáveis", diz José Rosário, admitindo que na escolha poderá ter pesado a vontade de alienar património da companhia.

A venda de património, reorganização da rede de lojas e encerramentos, cortes na remuneração da administração, bem com nas componentes variáveis e a saída de 800 trabalhadores até 2020 são algumas das medidas previstas pelos CTT no plano de reorganização com o qual a companhia conta ter um impacto positivo de até 45 milhões nos lucros antes de impostos (EBITDA) a partir de 2020.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt